sexta-feira, 18 de julho de 2025

Corpo Azulão

Aqui estão algumas das fotos apagadas do Soho-Lasco de Dezembro de 2014, dos dias 04 até 19. Para o dia 03, os fotogramas estão disponíveis... mas não havia nenhum sinal do "corpo azulão"...



1 Nesta foto do dia 03, algum inspetor solar parece estar antecipando a cena... A seguir, todas as fotos do dia 04 até 19, onde aparece o "corpo azul" são deletadas, depois de disponíveis durante curto período: de alguma maneira os cientistas deram um recado ao cidadão, de que alguma coisa séria está acontecendo...!
Não considere as linhas horizontais. Ao lado direito do Sol, Mercúrio está se movendo para a esquerda. O corpo astronômico grande embaixo deve ser o asteróide Ceres.




Governo Invisível - 1 & 2


O GOVERNO INVISÍVEL

Ciro Moroni Barroso

Tribuna de Petrópolis

25/Abril e 02/Maio/1993 [notas, 1999]

O Governo Invisível é o título do livro de dois jornalistas e acadêmicos norte-americanos, Thomas Ross e David Wise, lançado em 1964, em seguida ao trauma do desaparecimento de John Kennedy. [1] O livro narra a história da criação, expansão e hegemonia da Agência Central de Inteligência (CIA) dentro dos negócios de estado norte-americanos. Criada em setembro de 1947 pelo Presidente Truman (democrata), junto com o Conselho de Segurança Nacional e o Departamento de Defesa, para auxiliar os dois últimos e o Presidente, fornecendo informações de política exterior, cedo a CIA se tornou um poder independente. A espionagem interna e externa ilimitada, o planejamento de golpes de estado em países do Terceiro Mundo, e a manipulação de fundos financeiros fabulosos, fizeram a fama da Agência nos anos 50 e 60. Em dezembro de 1963 seu criador, o ex-Presidente Truman, revelou em artigo de jornal o quanto estava "preocupado" com o modo pelo qual a CIA vinha “se afastando de suas atribuições originais” ao ser utilizada “para executar ações clandestinas em tempo de paz”.

[1] No Brasil, lançado com este título pela Civilização Brasileira, 1965

Entre 1947 e novembro de 1950, quando foi dirigida pelo Vice-Almirante Hillenkoeter, a CIA se ateve a seu papel constitucional de prestar informações estratégicas ao Executivo. O mesmo não aconteceu durante os anos 50, quando, depois de ter sido dirigida pelo General Walter B. Smith foi, em seguida (de 53 a 61), dirigida por Allen Dulles, diplomata, que fizera carreira no serviço secreto norte-americano na Suiça durante a Segunda Guerra. Durante os oito anos do governo Eisenhower (republicano), Dulles transformou a CIA num império com interesses políticos particulares, quando a articulação política e de inteligência da Agência se sobrepôs às funções do Pentágono (Dep. Defesa), do Conselho de Segurança, e finalmente da Presidência.

O império que resultou ao final dos anos 50 da aliança entre a CIA e as principais empresas norte-americanas, entre elas a Rand Corporation, a ITT, a ATT, o grupo Time-Life, a General Eletric, a Westinghouse, assim como a Standard Oil e o Chase Manhattan, do grupo Rockefeller, entre outros, é a origem do conceito de um “governo invisível” na vida política norte-americana. A aliança do Diretor da CIA, Allen Dulles, com Nelson Rockefeller, e com as diversas lideranças empresariais, foi uma consequência natural de serem todos eles membros do maior sindicato empresarial de todos os tempos, o Conselho de Relações Exteriores. Fundado em 1921 para dar coerência aos intereses políticos e empresariais da elite norte-americana, o Conselho de Relações Exteriores (um grupo privado, e não uma instituição de Estado) foi dirigido nos anos 20 e 30 pelo grupo de financistas Morgan (ver A Internacional Capitalista [2]). Allen Dulles, Foster Dulles, Nelson Rockefeller, estiveram no seleto quadro de diretores do CRE desde os primeiros tempos. Com a ascensão de Eisenhower à Presidência em 1953, a seu amigo pessoal Nelson Rockefeller é entregue o encargo de reorganizar a comunidade de inteligência para o novo governo. Na condição de principal liderança do CRE, na condição de liderança financeira e empresarial, na condição de liderança dentro do Partido Republicano, a figura de Rockefeller, ao assumir ainda mais a liderança dentro da rede de inteligência, dá bem a dimensão do poder real em formação que resultou no “governo invisível”. A partir de então, e durante todas as décadas seguintes, quase todos os Secretários de Estado, da Defesa, do Tesouro, os Diretores da CIA, e membros do Conselho de Segurança, são também, coincidentemente, membros do CRE, conforme nota Hugo Assman em A Trilateral. [3]

[2] René Dreifuss, Ed. Espaço e Tempo, 1986, RJ

[3] Como se Interpenetram o Conselho de Relações Exteriores, o Círculo Bilderberg, e a Comissão Trilateral, pag. 37. Vozes, 1986

Durante os anos da Guerra Fria, a política exterior norte-americana é marcada pela atuação de Foster Dulles, Secretário de Estado de Eisenhower, com suas doutrinas coloniais, agressivas e de confrontação com a União Soviética. No início dos anos 70, a Guerra Fria é substituída pela détente do Secretário de Estado Kissinger, que fizera carreira no CRE, como secretário particular de N. Rockefeller. Nos anos 70, a CIA ainda está patrocinando golpes de estado com ajuda empresarial, a exemplo do golpe contra Allende em 1973, com a ajuda da ITT.

No campo político interno, a força do Conselho de Relações Exteriores se mostra com a fundação, em 1973, da Comissão Trilateral, para administrar a vida política dos empreendimentos capitalistas norte-americanos, europeus e nipônicos. Idealizada por David Rockefeller e Zbigniew Brzezinski a partir do grupo secreto de consultas internacional Bilderberg, o qual era por sua vez uma criação do CRE, a Comissão Trilateral começou a trocar, desde o início, simpatias mútuas com o jovem Governador democrata do Estado da Georgia Jimmy Carter, o qual havia tomado a iniciativa de abrir escritórios comerciais de seu Estado na Europa e no Japão. Quando da eleição de 1976, é o candidato democrata que os trilateralistas decidem apoiar, e não o candidato republicano. Jimmy Carter se elege, e vários de seus assessores diretos são do CRE e da Trilateral, entre eles o Vice, Walter Mondale, Brzezinski, Assessor de Segurança Nacional, Cyrus Vance, Secretário de Estado, etc.

No campo internacional uma das consequências da política do governo invisível, a formação de um Império Norte-Americano das Comunicações, é sentida no Brasil através de um exemplo muito conhecido. Num livro de 1969, lançado no Brasil com este título, [4] o autor Herbert Schiller mostra como, no intuito de vender as imagens da sociedade de consumo para todo mundo, empresários e governantes dos Estados Unidos se ocuparam, desde os anos 50, em criar redes de televisão em diversos países, como extensão das principais redes norte-americanas. No Brasil, a escolhida pelo grupo Time-Life para receber “assistência técnica e financeira”, transgredindo ou modificando as leis nacionais, foi a TV Globo, que se transformou com isto em rede nacional. O sucesso da TV Globo não resulta, portanto, conforme o mito corrente, dos méritos da livre iniciativa empresarial, mas sim, conforme afirma Schiller, com antecedência nos Estados Unidos, da “infusão de dólares”. [5]

E insustentável se torna também o mito dos Estados Unidos como uma pátria de autêntico liberalismo...

 

O GOVERNO INVISÍVEL - 2

Tribuna de Petrópolis

09/Maio/1993 [notas 1999]

A invisibilidade do poder secreto norte-americano está em que ele jamais é descrito ou referido como tal nos meios de comunicação. Aquilo que o Governo Invisível é, seu rosto metálico e tecnocrático, se faz entretanto extremamente visível todos os dias: basta ligarmos o aparelho de tevê no canal de maior alcance nacional. O fato de que o Governo Invisível nasceu de uma expansão política da CIA durante a gestão de Allen Dulles nos anos cinquenta deu início a uma interpretação errônea, permanente, de que a CIA seria, até hoje, o centro de todo o poder secreto norte-americano.

Quando tomou posse em janeiro de 1961, John Kennedy herdou, da administração Eisenhower, a operação já em andamento da invasão de Cuba, que ficou conhecida como a invasão da Baía dos Porcos, organizada pela CIA. Kennedy deu luz verde à operação clandestina, ordenando simplesmente que o Pentágono ou quaisquer outras forças militares oficiais se mantivessem afastadas da operação. Depois do fracasso da operação, sob a responsabilidade Allen Dulles, e com os conflitos internos que se seguiram, Kennedy ordenou uma completa reformulação da Agência Central de Inteligência. Dulles ainda ficou no cargo de Diretor da Agência até setembro de 61. Substituído, consta que se tornou rival de Kennedy.

A crise devida ao fracasso da Baia dos Porcos deu origem à imagem de um Kennedy liberal e defensor da legalidade democrática, que teria sido eliminado por uma uma CIA conspiradora e ultra-conservadora, o que não corresponde exatamente às revelações que se tornaram agora disponíveis. Kennedy se elegeu defendendo o crescimento da indústria armamentista, ao contrário de seu antecessor Eisenhower, que era republicano e General, e que fez seu discurso de despedida alertando para os perigos na demanda insaciável do establishment militar-industrial. Para substituir Dulles na CIA, e para agradar aos conservadores, que o acusaram de falta de iniciativa diante de Cuba, Kennedy nomeou John A. McCone, que era empresário conservador, defensor da linha dura contra a União Soviética, e membro do Conselho de Relações Exteriores. Victor Marchetti, que ocupava um alto cargo na CIA, e que se tornou dissidente em 1969, insiste em entrevista a Le Nouvel Observateur em 1975, em que a CIA de McCone não teria motivos para matar Kennedy. Segundo Marchetti, que escreveu um livro (A CIA e o Culto da Inteligência [6]) denunciando as operações clandestinas e assassinatos políticos da Agência, McCone “adorava” Kennedy, porque ele era “um Presidente muito duro, agressivo”, que ordenara várias ações clandestinas no Vietnã e em outros países do Terceiro Mundo.

A CIA de McCone não teria motivos para fazer o atentado contra Kennedy, o que não quer dizer que quadros da Agência, remanescentes da administração anterior, não possam ter sido usados para o feito. O recente filme do diretor Oliver Stone sobre o atentado, deixa claro como parte da rede da CIA, em associação com a Máfia, a Polícia de Dallas, etc, participaram do complô. A razão para o atentado não poderia ser uma simples disputa na orientação política do governo norte-americano, devendo ser necessariamente uma questão crucial, e necessariamente envolvendo o Governo Invisível, que se sentiu ameaçado por Kennedy, e que seria a única estrutura capaz de “bancar” o atentado. Governo Invisível que a esta altura crescera muito além de sua estrutura inicial baseada na CIA de Allen Dulles.

O crescimento do Governo Invisível se deu em vários sentidos, cujo histórico está começando a se tornar conhecido hoje em dia, mas cujo relato é espinhoso, e até perigoso. Um aspecto importante é revelado pelo autor norte-americano George Andrews (Extraterrestrials Among Us [7]), quando assinala que Allen Dulles (que estabeleceu o acordo de rendição com os alemães, na condição de chefe do serviço secreto americano na Suiça) integrou grande parte da rede da derrotada Gestapo [segundo Andrews; mais provavelmente os SS] no processo de formação da CIA, “sem o conhecimento dos cidadãos norte-americanos”. Este aspecto vem à tona de maneira sintomática no filme de Oliver Stone, quando um agente da CIA, no filme o ator Donald Sutherland, faz revelações pessoais ao Promotor que reabrira as investigações sobre o atentado ao Presidente. Lembrando os bons tempos em que os espiões eram patriotas que ajudavam alegremente a derrubar republiquetas pelo mundo afora, o ator Sutherland abre um sorriso patético, e comenta que antes o fascismo – “estava lá fora”, mas que “agora, está aqui mesmo, dentro da América”.

É curioso como, depois do atentado, Allen Dulles é chamado para compor a comissão que fará as investigações sobre o mesmo, junto com Earl Warren, Presidente da Suprema Corte, e Gerald Ford, Presidente do Congresso, por nomeação de Lyndon Johnson. A idéia de que o atentado a Kennedy é devido a alguma razão nebulosa e inexplicável permanece até hoje (depois que a apresentação de Lee Oswald como bode expiatório foi desmascarada), o que é bem sinal da influência desse poder “invisível”, que articulou o golpe de estado interno de novembro de 1963 nos Estados Unidos

Governo Invisível - 3 & 4


O Governo Invisível – 3

Ciro Moroni Barroso

Tribuna de Petrópolis

23 / Maio / 1993 [revisão e notas, 1999]

Um acontecimento significativo, que mostra como foi intensa a luta de bastidores na formação do poder secreto norte-americano, é o ingresso, em 1957, do Almirante Hillenkoeter, primeiro Diretor da CIA, no NICAP, um comitê de cientistas e oficiais da reserva dissidentes, que faziam uma pesquisa independente sobre os discos voadores, em desafio à política oficial de sigilo a respeito. Os discos voadores haviam sobrevoado Washington na madrugada de 20 de julho de 1952 e, por causa disso, diversos oficiais da Aeronáutica haviam decidido que era tempo de abrir a questão ao público. Quando estavam prestes a fazê-lo no final de 1952 (com Eisenhower já eleito), a CIA interveio, ordenando aos militares segredo-máximo. O conceito de ufos, como um objeto exótico e imponderável, passou a ser vendido às Forças Armadas, ao mundo acadêmico, e ao público, através do Painel Robertson, do Relatório Condon, e do Livro Azul.

O ingresso de Hillenkoeter, que fôra o primeiro Diretor da CIA de 1947 a 1950, durante a fase constitucional da Agência, num grupo de militares dissidentes, era embaraçoso para a cúpula norte-americana naqueles bons tempos de macartismo, porque equivalente aos processos de dissidência no mundo soviético. Hillenkoeter e o NICAP dirigiram-se ao Congresso em 1960, denunciando o sigilo imposto dentro da Aeronáutica sobre os discos voadores. Uma investigação parlamentar foi aberta, com uma apreciação dos dados do NICAP, mas não tardou para que Hillenkoeter fosse silenciado, e o Congresso afastado da questão, com o parlamentar Brooks, que conduzia as investigações, adoecendo e falecendo subitamente.

A questão dos discos voadores, desde então, têm-se mantido tão imponderável quanto o próprio “governo invisível”: muitos sabem a respeito, mas ninguém tem a coragem de falar abertamente. Depois da fase em que as consequências da presença de visitantes estrangeiros em nosso planeta foram administradas pela CIA, durante os anos 50 e 60, a questão foi passada para outras instituições menos conhecidas dentro do sistema de governo secreto, tais como o Escritório Nacional de Reconhecimento (NRO), e a gigantesca Agência Nacional de Segurança (NSA). Se existe o risco de se subestimar o papel da CIA na montagem do poder internacional norte-americano, o risco também existe de se superestimar o papel da mesma diante de outras organizações bem mais ricas, complexas e poderosas, que vieram a constituir o “governo invisível”.

Sem fanfarras, sem conhecimento público, sem comentários na imprensa, a poderosíssima NSA foi criada por Truman no dia da eleição presidencial de 4 de novembro de 1952, que levou ao poder o General Eisenhower. A necessidade de se manter a discrição e afastar a curiosidade dos jornalistas, que marcou toda a vida da Agência de Segurança Nacional, foi o motivo da escolha daquela data para sua fundação, de modo que possíveis comentários sobre o fato se perdessem no noticiário eleitoral. Ao ser fundada, apenas um punhado de pessoas dentro do governo ficou sabendo de sua existência. Até 1982 a NSA era uma coisa completamente desconhecida para os cidadãos norte-americanos. Neste ano um scholar, James Bamford, publica um longo e primeiro ensaio sobre a Agência, revelando seu histórico e seus sistemas complexos de espionagem eletrônica mundial, com o título de The Puzzle Palace.

A NSA foi criada para fazer a escuta e interpretação de toda e qualquer telecomunicação, civil ou militar, estratégica ou trivial, a nível de todo o globo planetário. Em 1964 essa tarefa era cumprida através de um rede de mais de duas mil estações interceptadoras espalhadas em todo o mundo, e essa rede foi ampliada consideravelmente com os satélites em órbita. Ela tem por tarefa, além disso, fazer a análise e resumo das informações coletadas, a serem repassados aos orgãos governamentais. Nada menos que 40 toneladas de papéis são emitidos pela NSA diariamente, o que resultou certa feita numa cena cômica, quando o governo tentou incinerá-los, construindo especialmente um forno na Florida (a sede da Agência é em Fort George Meade, Maryland) que acabou dando um colapso, desencadeando uma operação militar. Segundo Bamford, em 1978, mesmo depois de cortes efetuados com o fim da guerra do Vietnã, a NSA controlava cerca de 70.000 funcionários, todos com expresso juramento de sigilo. A Agência tem uma Universidade própria para a formação de seus quadros, com 18.000 alunos. Nos anos 80 a dotação da NSA era de 2 bilhões de dólares anuais, oficialmente.

Tomando-se como referência os dados apresentados por Marchetti e Marks em seu A CIA e o Culto da Inteligência, dados que devem referir-se ao ano de 1972 ou 73, num orçamento total de cerca de 6,230 bilhões de dólares para a comunidade de inteligência norte-americana, a CIA teve um orçamento na ordem de 750 milhões; a DIA (Agência de Inteligência da Defesa) de 200 milhões; a inteligência da Marinha 600 milhões; a inteligência do Exército 700 milhões; a inteligência da Aeronáutica 2,700 bilhões, o que inclui o orçamento do NRO com mais de 1,500 bilhões; e a NSA 1,200 bilhões; além dos orçamentos menores do FBI, da inteligência do Departamento de Estado (Relações Exteriores), da inteligência da Comissão de Energia Atômica, e da inteligência do Tesouro. [8] [9]

Quanto à NSA, de acordo com Bamford, “a despeito de seu tamanho e poder, entretanto, nenhuma lei jamais foi estabelecida proibindo a NSA de se engajar em qualquer atividade. Existem apenas leis que proíbem a distribuição de qualquer informação acerca da Agência. E conclui: “Além de estar livre de quaisquer restrições legais, a NSA tem capacidades tecnológicas de espionagem de telecomunicações para além da imaginação”. O pesadelo de George Orwell ocorrendo na América, porém bem antes de 1984.

 

O Governo Invisível – 4

Tribuna de Petrópolis

13 / Junho / 1993

Os leitores terão notado o recente noticiário sobre um relatório da CIA para o Brasil, com verificações um tanto óbvias acerca da instabilidade do governo Itamar. As conclusões são resultado de análises feitas por especialistas acadêmicos em assuntos latino-americanos e essas análises não significam, a princípio, nenhuma postura clandestina da Agência, que parece ter-se tornado mais bem-comportada, reduzida em suas funções, cumprindo meramente seu papel inicial de coletar informações úteis para o Executivo norte-americano. O que é estranho, de qualquer forma, é que a divulgação do relatório sugere uma postura de intimidação e advertência de Tio Sam para com a nação brasileira, que se encontra ainda sob sua esfera de influência estratégica. O militares brasileiros, como se sabe, andam furiosos com esse tipo de coisa, ao contrário do alinhamento automático que adotavam há vinte e cinco anos. Um detalhe importante é saber como e porque o jornal O Globo foi o escolhido para divulgação exclusiva desse relatório.

Philip Agee, que trabalhou na CIA até 1969, quando se tornou dissidente, conclui seu relatório pessoal sobre a Agência, Dentro da Companhia”: Diário da CIA [10], cuja edição a Agência tentou retardar e cortar, afirmando que: “As comissões de investigação do Congresso podem, se o desejarem, iluminar todo um escuro mundo de watergates no exterior, durante os últimos 30 anos... A questão fundamental é passar das operações da CIA às razões pelas quais elas se deram – o que levará, inexoravelmente, a questões de ordem econômica: preservação de relações de propriedade e de outras instituições sobre as quais repousam os interesses de nossa própria e privilegiada minoria.” Ele revela ainda que Jim Noland lhe confidenciou em 1964, depois de ter-se tornado o chefe do escritório da CIA para o Brasil em Washington, que “O Brasil é o problema mais sério que temos na América Latina, mais sério na realidade que Cuba desde a crise dos mísseis”.

Mas isto foi no tempo em que a CIA estava no auge de seu pode de espionagem e ação clandestina para a derrubada de governos no terceiro mundo demasiado independentes ou revolucionários, o que era justificado pelo fato de que estes governos poderiam cair sob a esfera de influência da União Soviética, dentro do estrito xadrez estratégico da Guerra Fria. Em 1967, por exemplo, a seção latino-americana da CIA tinha um orçamento de 37 milhões de dólares, somente para despesas de rotina. Em 1962, uma comissão de parlamentares brasileiros descobriu que o escritório da Agência no Rio de Janeiro havia gasto entre 12 a 20 milhões de dólares com candidatos conservadores e pró-americanos nas eleições recém realizadas. Ned Holman, chefe do escritório da CIA em Montevidéo, revelou a Agee que a Agência havia participado decididamente na derrubada de João Goulart, com o escritório do Rio de Janeiro “financiando demonstrações de massa contra o governo”. O planejamento político e as campanhas publicitárias para a derrubada de Goulart foram iniciados antes da eleição de 1962.

A mesma coisa aconteceu no Chile em 1964, na disputa entre Allende e Frei, quando a CIA “gastou vários milhões de dólares para fortalecer os partidos de direita e comprar votos contrários ao candidato socialista.” Phillip Agee trabalhava nesta época no escritório de Montevidéo, através do qual os escudos chilenos foram passados, e revelou que o dinheiro era tanto, que ele gastou um dia inteiro para contar. A mesma coisa aconteceu no Irã, na Indonésia, no Equador, na Guatemala, no Laos, no Vietnã, em Chipre, e em incontáveis situações pelo mundo afora. Em todos estes casos, houve sempre uma política ambígua, com o Departamento de Estado (isto é, a diplomacia) afirmando “jamais interviremos no mundo livre”, ao mesmo tempo em que os agentes da CIA se mantinham atarefados com as intervenções. Exemplo disto foram as reiteradas afirmações de Kissinger, de que jamais os Estados Unidos teriam “feito baixezas” no Chile, depois de ter sido ele próprio quem tomara as iniciativas contra Allende, em seguida à ascensão democrática deste ao poder em 1970. Segundo Victor Marchetti, Kissinger é “um notório trapaceiro”, que jamais mereceu o Prêmio Nobel.

De qualquer forma, quaisquer que tenham sido os méritos da justificativa dessa política clandestina face à expansão da União Soviética, o fato é que foram os países do terceiro mundo os grandes perdedores da batalha da confrontação “fria” entre as duas super-potências. Em poucas oportunidades, os países atingidos pelas conspirações da CIA estavam realmente se inclinando para a União Soviética. Em muitos casos, buscavam autonomia real diante de ambas as super-potências.

É fácil, portanto, compreender porque governos tais como o de Itamar Franco são tão frágeis: isto é resultado de décadas de solapamento e destruição de políticas nacionalistas mais decididas, e não de uma fragilidade ou incompetência intrínsecas de brasileiros ou outros terceiro-mundistas. Quanto ao poder constitucional norte-americano, ele é igualmente frágil e vítima de uma síndrome de impotência diante de poderes não-constitucionais mais fortes. Kennedy e Carter, que foram relativamente independentes, pouco ou nada puderam fazer. Clinton, certamente, não irá muito além de exibir sorrisos e cortes de cabelo para o distinto público.

A História e o Milênio



Tribuna de Petrópolis, Dezembro 05/06, 2000
Jornal de Petrópolis, Novembro 11, 2000

Ciro Moroni Barroso


É lenda que ao final do primeiro milênio a humanidade esperava o cumprimento de profecias bíblicas. Por que um número redondo de mil anos haveria de comover o super-Deus autocrático do monoteísmo judaico-cristão em seu ajuizamento? Seria bastante etnocêntrico o privilégio desta data, na medida em que outros povos - muçulmanos, hindus, chineses, toltecas - contavam outros números para os séculos de seus calendários. Povos que ainda desafiavam a hegemonia teológica etnocêntrica européia com a pluralidade de seus Deuses, os quais se propunham a outras funções que não julgar os humanos.

Historiadores, recentemente, contestaram a tese da expectativa profética ao fim do primeiro milênio, demonstrando que ela ocorreu, de fato, na virada do ano 1500. Pode-se dizer que as profecias, naquela época, realmente se cumpriram: revelações, descobertas, o mundo medieval sendo posto em questão, uma nova era secular se definindo claramente. Com o sentido de "grande revelação", o Apocalipsis se cumpriu na transição renascentista, quando a própria autoridade religiosa do etnocentrismo europeu foi em seguida posta em Juízo...

A descoberta da redondeza prática da Terra correspondeu à descoberta da redondeza simbólica das outras culturas terrenas com suas variantes espirituais e religiosas. Passados 500 anos, a humanidade se encontra mais uma vez exatamente nesta situação de mudança cultural em larga escala, sem que, em nenhuma parte, nenhuma fonte, científica, religiosa, pedagógica, jornalística ou de representação política, seja capaz de dizer em que consistirão as mudanças e de que maneira se apresentarão.

O cenário para esta próxima transição da cultura global está já bem definido, mas a consistência ao nível político do velho modelo de realidade ainda é muito forte para ser constestada. Tal como na Renascença, aqueles que pretendem mostrar as brechas no sistema da cultura, da ciência, da religião, trazendo informações sobre novas possibilidades de experiência, são tratados como hereges, dissidentes sociais, passando pelo filtro da difamação suas performances individuais. Informações corretas e verificadas são lidas apressadamente, com graves deformações preconceituais, por profissionais de imprensa e por acadêmicos, tomados por uma ansiedade em preservar uma linguagem e uma descrição da realidade já historicamente, documentalmente, ultrapassadas; mas ainda requeridas para a validação dos papéis sociais e profissionais.

Este articulista mesmo, nesta mesma cidade, já por várias vezes distribuiu releases, ou deu entrevistas, enfatizando o caráter anti-especulativo, anti-esotérico, anti-místico, com que devem ser tratadas informações que são originais em relação ao bloco de cultura ocidental prevalecente. As matérias a respeito, invariavelmente, aparecem em seguida enfatizando uma abordagem mística, imaginária, etc. Há uma outra descrição da realidade, mas a tradição ocidental de crítica e análise racional, de filosofia e ciência, deve ser novamente enfatizada.

Um breve repertório sobre os novos conhecimentos é suficiente para se apreender o grau de mudança implícita, assim como a necessidade de se esclarecer o público a respeito, da maneira mais sóbria:


1) Desde o início do século, descobertas e inventos sensacionais do cientista Nikola Tesla em eletromagnetismo foram mantidas num circuito fechado de grandes corporações e do sistema militar secreto dos Estados Unidos. Estes inventos, se compartilhados com o público, provocariam uma revolução no modelo industrial. Alguns exemplos são a emissão de ondas eletromagnéticas estacionárias ou de valor puramente escalar, que permitem a emissão de energia à distância, um fantástico alcance em telecomunicações, e um uso destrutivo bélico à distância.

2) Da mesma forma, as descobertas do cientista Wilhelm Reich permitiram a emissão  de energia vital à distância, de modo que se pode dar saúde ou adoecer pessoas ou populações. Pode-se ainda interferir no meio ambiente, provocando-se secas, inundações, terremotos, etc (Programa HAARP no Alaska). Estas descobertas foram mantidas em segredo pelo sistema secreto dos E.U. para uso militar, e Reich foi perseguido e difamado.

3) Técnicas que associam a emissão e captação de energia vital (Radiônica), campos eletromagnéticos, e a captação e emissão de ondas mentais de indivíduos dotados permitiram que a CIA criasse programas (MK-Ultra, Montauk) para a influência mental à distância, induzindo certos comportamentos em populações-alvo ou certas idéias fixas (mórbidas) em indivíduos escolhidos  ou incômodos.

4) Desde os anos 80, diversos membros dos sistemas secretos militares e de inteligência dos Estados Unidos têm vindo a público em postura de dissidência, revelando estes e outros segredos, alertando a respeito da formação de um estrato para-estatal elitizado desde o pós-guerra no Ocidente através das grandes casas financeiras e corporações industriais, em associação com o sistema de inteligência (CIA, NSA, DIA, NRO, etc). Este bloco faz uma política hegemônica muito mais decisiva que a dos governantes institucionais, de modo que a descrição da sociedade norte-americana em termos constitucionais, cristãos, liberais, mercadológicos, se torna mero jogo de cena.

5) De acordo com estes dissidentes, cerca de 3000 membros do sistema de inteligência e cientistas de projetos avançados alemães durante a Segunda guerra foram automaticamente transferidos para a criação da CIA (1947). Entre estes projetos estava o da nave discoidal anti-gravitacional Haunebau, o famoso trunfo secreto nazista para vencer a guerra, que decolava com a inversão do campo magnético natural terreno, mas que não chegou a ter solução técnica adequada para uso militar ofensivo: a variação das polaridades magnéticas atômicas criava invisibilidade (descrição dos foo-fighters durante a guerra aérea), mas também defasagem na continuidade molecular da matéria, impedindo a artilharia.

6) Aos desenvolvimentos de Tesla e dos projetos alemães juntou-se tecnologia obtida com extraterrenos para a criação de uma nave anti-gravitacional já nos anos 50, nas mãos do sistema militar secreto, sem o uso de foguetes e antes que a NASA existisse. Estes extraterrenos não correspondem à nossa evolução humana, mas conseguiram se entender com os militares, oferecendo tecnologia em troca de um tratado de silêncio e de bases subterrâneas (Novo México) para que eles desenvolvessem experiências genéticas com amostras biológicas nossas. Estes et.s sofrem de degeneração orgânica, têm má aparência, e sequestram pessoas para suas experiências, o que deu origem à imagem negativa sobre et.s, verdadeira, mas parcial, diante de outros contatos amistosos e de forma humana. A imagem negativa, infelizmente, é a única propalada pela "Ufologia" e por Hollywood.

7) Aurora, a nave interplanetária do sistema secreto decola semanalmente desde o final dos anos 50 de sua base na Área 51 no Nevada, para a instalação e colonização de bases secretas na Lua e em Marte. Esta é a razão pela qual a NASA não vai à Lua desde 1972 e para as reclamações decepcionadas dos astronautas dos vôos Apolo.

8) Todas estas descobertas tornaram já há muito obsoletas as máquinas de propulsão por queima de combustíveis, mas a tecnologia inferior é mantida devido aos interesses econômicos, o que resulta em poluição ambiental e perturbações climáticas. O presidente John Kennedy, ao tomar posse em 1961, tentou modificar estes fatos, criando a NASA para a pesquisa civil e tentando desmembrar a CIA, que era ainda apontada como gerenciadora dos enormes fundos internacionais do tráfico de cocaína.

9) O isolamento da cultura terrena e o modelo biológico da vida foram definitivamente rompidos também nos anos 50 e 60 pela aproximação de extraterrenos do tipo humano. Através do presidente Kennedy e de outros contatos, eles fizeram propostas para uma manifestação global e advertências sobre os outros et.s oportunistas. Seus contatos e advertências não deram certo porque sofreram severa oposição do sistema secreto que perderia suas prerrogativas com a mudança dos parâmetros oficiais. Esta situação se mantêm até hoje, com uma formidável tensão de bastidores diante de sua inexorável revelação, já tantas vezes adiada.

10) Segundo estes extraterrenos, a raça humana que conhecemos tem origem galáctica, sendo eles nossos parentes esquecidos. A razão para o esquecimento foi o Dilúvio Atlante e o Dilúvio de Noé, na verdade cataclismas artificiais provocados por uma alta civilização, e sua remanescente, que se auto-destruíram, resultando em nosso isolamento. O problema do "contato" para eles não é assim de ordem técnica para "chegar" à Terra (podem ultrapassar a velocidade da luz), mas antes o problema ético de como abordar uma cultura primitiva e insegura como a nossa.

11) Estes seres professam uma unidade cósmica e divina de todos os viventes, não exatamente de acordo com nossas versões teológicas e religiosas. Segundo eles, a recondução de nossa civilização a um modelo galáctico altamente evoluído é fato consumado a curto prazo. Isto explica e decodifica a fundação cristã, o papel educacional e profético, mas não religioso, de Jesus, e sua promessa de um Novo Tempo espiritual, com a vinda do "Filho do Homem": esta imagem feita por Jesus pode ser lida como a chegada física de alguém com a forma humana, o descendente da forma humana na Galáxia.

12) Isto não é para invalidar a existência dos seres divinos além da condição humana. Segundo a cultura galáctica, Jesus é realmente um instrutor desta humanidade, que evoluiu na forma humana no sistema pleiadeano, alcançando este ser neste momento uma expressão de máxima realização, ainda na forma humana. Segundo fontes orientais, Jesus é um importante instrutor entre outros. Seus ajudantes celestiais realizaram sua reanimação depois de pregado à cruz romana, dando origem ao mito religioso (da ressurreição). Seu percurso foi registrado pelos budistas até morrer idoso na Cachemira, onde seu túmulo sagrado é visitado por devotos. (vide: Nicolai Notovitch, La vie inconnue de Jesus Christ, 1894)



Acadêmica - 1


Cientista James MacDonald

Desde os anos 60, alguns poucos cientistas, como o Decano do Instituto de Física Atmosférica da Univ. do Arizona, dr. James McDonald, têm sacrificado suas vidas e carreiras para tentar efetuar um merecido "avanço da Ciência", o qual tem sido mantido desde os anos 50 em perfeito estado de Veto Obscurantista e Inquisitorial...


James E. McDonald foi um dos cientistas de peso que denunciaram as manipulações do Painel Robertson (CIA-USAF, 1953) e Relatório Condon (Univ. do Colorado, 1966), que foram tentativas fraudulentas, e mal dissimuladas, para se abafar os depoimentos de vários oficiais da Aeronáutica dos EUA, e depois de vários cientistas, sobre a movimentação dos “discos-voadores” nos espaços atmosféricos do habitat terreno... Como crise institucional, o processo atravessou 15 anos, com a CIA se intrometendo na Força Aérea, a Casa Branca alheia, a NASA sendo apontada como a instituição responsável pela “questão científica”, a ONU mostrando interesse, os civis ianques organizando comitês de pesquisa dissidentes da versão oficial, e a NASA não aceitando ficar com o “peixe”, segundo o prof. McDonald.

O Físico McDonald fez exposição na Sociedade dos Editores de Jornais em Washington, em abril de 1967, e na ONU em junho seguinte, denunciando as pressões contra os cientistas sérios. Havia ficado claro que o Relatório Condon era resultado de uma encomenda feita a um cientista inescrupuloso e a soldo da CIA. McDonald defendia a tese de que os “ovnis” eram o “maior problema científico de nosso tempo”. McDonald e outros cientistas usavam a expressão “ovni” como resultado de depoimentos positivos da Força Aérea e seus pilotos, que estavam sendo censurados. Porém, eles estavam longe de propor alguma tese inicial de interpretação. A questão foi parar numa Audiência no Congresso em 1968, proposta pelo N.I.C.A.P., que só foi aberta depois de várias censuras, e na qual McDonald, e o dr. Allen Hyneck, deram seus depoimentos. Em 1971 McDonald, segundo a versão policial registrada, teria se suicidado com uma pistola... que não possuía. [1]


[1] Gulliver, 1992, R.J., 1999, cap. XXII, nota [2]; e cap. IX

Os termos “explicação científica”, “fenomenológico”, “casuística”, etc, são utilizados dentro de um jargão pop-caricatural, devidamente repisado pela mídia corporativa para promover, de fato, uma pseudo-ciência. A pseudo-ciência é o próprio encobrimento dos relatórios da Força Aérea, de Keyhoe, Ruppelt, McDonald, Hynek, etc. O termo eufemístico e nebuloso “ufo” foi lançado em consequência do Painel Robertson e do Livro Azul, programas da CIA (com suas típicas torções linguísticas).

O termo “fenômeno-ufo” foi replicado e patenteado pelo cientista profissional Jacques Valée, num arroubo de provincianismo precoce: Gulliver, 1992, cap. XXI.

É claro que se há “seres” capazes de interferir no Sol com corpos maiores que a Terra... Estes não poderiam ser apenas “inteligências”, ou civilizações “extraterrestres”, mas habitantes de camadas, ou dimensões, superlativas em relação a nós. Por sua vez, as civilizações humanas avançadas observam a vida na Terra desde sempre... Estas circunstâncias não se provariam por meio de alguma ciência de “objetos”...
Certamente, em ambas as hipóteses, deveríamos procurar por depoimentos históricos sobre “o que existe”... As aparições não poderiam ser Fatos Isolados.

 

Cientistas

Os Cientistas desfrutam de uma posição curiosamente sacerdotal em nossa sociedade. Recebendo bons salários, e tendo carreiras garantidas pelo Estado em cada país, os Cientistas Profissionais, quase sempre, com exceções, não se sentem obrigados a fornecer esclarecimentos à sociedade sobre suas "pesquisas" luxuosas, a não ser de modo casual e diletante. A realidade eclesiástica dos Cientistas está muito distante da realidade do "homem comum", de modo que não é necessario, nem condizente, dar explicações detalhadas ao vulgo. E é assim que os Homens-de-Ciência, quando são chamados a emitir veredictos sobre "problemas científicos que afetam a sociedade" ... têm seus veredictos consumados como atos de pura autoridade jesuítica... [2]

Tesla

 

Cientista Profissional

Nos anos de 1920 e 30 uma compreensão ampla do eletromagnetismo por parte de Nikola Tesla, e descobertas na hidrodinâmica, feitas por Viktor Schauberger, abriram perspectivas para uma Física não entrópica e não gravitacional, conforme os modelos vigentes desde os sécs. 19 e 17. A atração dos corpos seria consequência de uma composição específica de harmônicos (desenhos estáveis ressonantes) dos campos EM, sendo a levitação uma simples inversão dos mesmos. Subjacente ao que seria o “vácuo”, encontra-se no universo uma camada energética [uma camada de sustentação, conforme a tradição estóica: veja-se Diógenes Laércios; VII. 148] que é capaz de oferecer fluxo energético infinito: desde de que o cientista saiba como “abrir” este fluxo. Nas emissões de ondas eletro-magnéticas, além da oscilação latitudinal dos vetores elétricos e magnéticos ao longo do pulso de onda, conforme previsto na equação de Maxwell, haveria um valor escalar de carga sendo transmitido junto com o pulso, o equivalente a uma “partícula de energia”...

Para os estudantes de Física as questões estão resumidas no texto de Tom Bearden (e Leslie Pastor) em seu sítio a seguir. Observe-se a intensa pressão que os “cartéis de energia” e a casa financeira Morgan exerceram sobre os cientistas da época, Tesla, Edison, Hertz, etc. Todos os autores nesse campo, e isso nunca será enfatizado o suficiente, deixam claro o quanto a energia elétrica teria produção, e consumo, a baixíssimo custo em comparação com a produção entrópica, com enormes barragens e fiação, até hoje utilizada.

Tom Bearden, John Bedine, e dezenas de outros cientistas nas últimas décadas, assim como Tesla e Schauberger, são exemplos de dedicação sincera à “causa da Ciência”, no sentido humanista de se resolver problemas reais, de se obter um conhecimento útil do Universo -- por oposição à aquela conhecida dedicação científica exclusiva ao carreirismo honorífico & salários, malabarismos retórico-teóricos & badalações promocionais... característica dos individualismos competitivos dos quadros de classe-média pós-modernizados.

Em 2008, o cientista profissional-promocional Oliveira, achou por bem descaracterizar, insultar, a pessoa do Físico Tom Bearden, quando o sítio Cheniere.org lhe foi apresentado... ao invés de se dedicar a entender minimamente aquele enredo que fascina tantos outros homens bem mais ponderados e sérios do que ele é ...

estoicismonagrecia.blogspot.com/2025/07/academica-2

 

Schauberger