sexta-feira, 18 de julho de 2025

Corpo Azulão

Aqui estão algumas das fotos apagadas do Soho-Lasco de Dezembro de 2014, dos dias 04 até 19. Para o dia 03, os fotogramas estão disponíveis... mas não havia nenhum sinal do "corpo azulão"...



1 Nesta foto do dia 03, algum inspetor solar parece estar antecipando a cena... A seguir, todas as fotos do dia 04 até 19, onde aparece o "corpo azul" são deletadas, depois de disponíveis durante curto período: de alguma maneira os cientistas deram um recado ao cidadão, de que alguma coisa séria está acontecendo...!
Não considere as linhas horizontais. Ao lado direito do Sol, Mercúrio está se movendo para a esquerda. O corpo astronômico grande embaixo deve ser o asteróide Ceres.




Governo Invisível - 1 & 2


O GOVERNO INVISÍVEL

Ciro Moroni Barroso

Tribuna de Petrópolis

25/Abril e 02/Maio/1993 [notas, 1999]

O Governo Invisível é o título do livro de dois jornalistas e acadêmicos norte-americanos, Thomas Ross e David Wise, lançado em 1964, em seguida ao trauma do desaparecimento de John Kennedy. [1] O livro narra a história da criação, expansão e hegemonia da Agência Central de Inteligência (CIA) dentro dos negócios de estado norte-americanos. Criada em setembro de 1947 pelo Presidente Truman (democrata), junto com o Conselho de Segurança Nacional e o Departamento de Defesa, para auxiliar os dois últimos e o Presidente, fornecendo informações de política exterior, cedo a CIA se tornou um poder independente. A espionagem interna e externa ilimitada, o planejamento de golpes de estado em países do Terceiro Mundo, e a manipulação de fundos financeiros fabulosos, fizeram a fama da Agência nos anos 50 e 60. Em dezembro de 1963 seu criador, o ex-Presidente Truman, revelou em artigo de jornal o quanto estava "preocupado" com o modo pelo qual a CIA vinha “se afastando de suas atribuições originais” ao ser utilizada “para executar ações clandestinas em tempo de paz”.

[1] No Brasil, lançado com este título pela Civilização Brasileira, 1965

Entre 1947 e novembro de 1950, quando foi dirigida pelo Vice-Almirante Hillenkoeter, a CIA se ateve a seu papel constitucional de prestar informações estratégicas ao Executivo. O mesmo não aconteceu durante os anos 50, quando, depois de ter sido dirigida pelo General Walter B. Smith foi, em seguida (de 53 a 61), dirigida por Allen Dulles, diplomata, que fizera carreira no serviço secreto norte-americano na Suiça durante a Segunda Guerra. Durante os oito anos do governo Eisenhower (republicano), Dulles transformou a CIA num império com interesses políticos particulares, quando a articulação política e de inteligência da Agência se sobrepôs às funções do Pentágono (Dep. Defesa), do Conselho de Segurança, e finalmente da Presidência.

O império que resultou ao final dos anos 50 da aliança entre a CIA e as principais empresas norte-americanas, entre elas a Rand Corporation, a ITT, a ATT, o grupo Time-Life, a General Eletric, a Westinghouse, assim como a Standard Oil e o Chase Manhattan, do grupo Rockefeller, entre outros, é a origem do conceito de um “governo invisível” na vida política norte-americana. A aliança do Diretor da CIA, Allen Dulles, com Nelson Rockefeller, e com as diversas lideranças empresariais, foi uma consequência natural de serem todos eles membros do maior sindicato empresarial de todos os tempos, o Conselho de Relações Exteriores. Fundado em 1921 para dar coerência aos intereses políticos e empresariais da elite norte-americana, o Conselho de Relações Exteriores (um grupo privado, e não uma instituição de Estado) foi dirigido nos anos 20 e 30 pelo grupo de financistas Morgan (ver A Internacional Capitalista [2]). Allen Dulles, Foster Dulles, Nelson Rockefeller, estiveram no seleto quadro de diretores do CRE desde os primeiros tempos. Com a ascensão de Eisenhower à Presidência em 1953, a seu amigo pessoal Nelson Rockefeller é entregue o encargo de reorganizar a comunidade de inteligência para o novo governo. Na condição de principal liderança do CRE, na condição de liderança financeira e empresarial, na condição de liderança dentro do Partido Republicano, a figura de Rockefeller, ao assumir ainda mais a liderança dentro da rede de inteligência, dá bem a dimensão do poder real em formação que resultou no “governo invisível”. A partir de então, e durante todas as décadas seguintes, quase todos os Secretários de Estado, da Defesa, do Tesouro, os Diretores da CIA, e membros do Conselho de Segurança, são também, coincidentemente, membros do CRE, conforme nota Hugo Assman em A Trilateral. [3]

[2] René Dreifuss, Ed. Espaço e Tempo, 1986, RJ

[3] Como se Interpenetram o Conselho de Relações Exteriores, o Círculo Bilderberg, e a Comissão Trilateral, pag. 37. Vozes, 1986

Durante os anos da Guerra Fria, a política exterior norte-americana é marcada pela atuação de Foster Dulles, Secretário de Estado de Eisenhower, com suas doutrinas coloniais, agressivas e de confrontação com a União Soviética. No início dos anos 70, a Guerra Fria é substituída pela détente do Secretário de Estado Kissinger, que fizera carreira no CRE, como secretário particular de N. Rockefeller. Nos anos 70, a CIA ainda está patrocinando golpes de estado com ajuda empresarial, a exemplo do golpe contra Allende em 1973, com a ajuda da ITT.

No campo político interno, a força do Conselho de Relações Exteriores se mostra com a fundação, em 1973, da Comissão Trilateral, para administrar a vida política dos empreendimentos capitalistas norte-americanos, europeus e nipônicos. Idealizada por David Rockefeller e Zbigniew Brzezinski a partir do grupo secreto de consultas internacional Bilderberg, o qual era por sua vez uma criação do CRE, a Comissão Trilateral começou a trocar, desde o início, simpatias mútuas com o jovem Governador democrata do Estado da Georgia Jimmy Carter, o qual havia tomado a iniciativa de abrir escritórios comerciais de seu Estado na Europa e no Japão. Quando da eleição de 1976, é o candidato democrata que os trilateralistas decidem apoiar, e não o candidato republicano. Jimmy Carter se elege, e vários de seus assessores diretos são do CRE e da Trilateral, entre eles o Vice, Walter Mondale, Brzezinski, Assessor de Segurança Nacional, Cyrus Vance, Secretário de Estado, etc.

No campo internacional uma das consequências da política do governo invisível, a formação de um Império Norte-Americano das Comunicações, é sentida no Brasil através de um exemplo muito conhecido. Num livro de 1969, lançado no Brasil com este título, [4] o autor Herbert Schiller mostra como, no intuito de vender as imagens da sociedade de consumo para todo mundo, empresários e governantes dos Estados Unidos se ocuparam, desde os anos 50, em criar redes de televisão em diversos países, como extensão das principais redes norte-americanas. No Brasil, a escolhida pelo grupo Time-Life para receber “assistência técnica e financeira”, transgredindo ou modificando as leis nacionais, foi a TV Globo, que se transformou com isto em rede nacional. O sucesso da TV Globo não resulta, portanto, conforme o mito corrente, dos méritos da livre iniciativa empresarial, mas sim, conforme afirma Schiller, com antecedência nos Estados Unidos, da “infusão de dólares”. [5]

E insustentável se torna também o mito dos Estados Unidos como uma pátria de autêntico liberalismo...

 

O GOVERNO INVISÍVEL - 2

Tribuna de Petrópolis

09/Maio/1993 [notas 1999]

A invisibilidade do poder secreto norte-americano está em que ele jamais é descrito ou referido como tal nos meios de comunicação. Aquilo que o Governo Invisível é, seu rosto metálico e tecnocrático, se faz entretanto extremamente visível todos os dias: basta ligarmos o aparelho de tevê no canal de maior alcance nacional. O fato de que o Governo Invisível nasceu de uma expansão política da CIA durante a gestão de Allen Dulles nos anos cinquenta deu início a uma interpretação errônea, permanente, de que a CIA seria, até hoje, o centro de todo o poder secreto norte-americano.

Quando tomou posse em janeiro de 1961, John Kennedy herdou, da administração Eisenhower, a operação já em andamento da invasão de Cuba, que ficou conhecida como a invasão da Baía dos Porcos, organizada pela CIA. Kennedy deu luz verde à operação clandestina, ordenando simplesmente que o Pentágono ou quaisquer outras forças militares oficiais se mantivessem afastadas da operação. Depois do fracasso da operação, sob a responsabilidade Allen Dulles, e com os conflitos internos que se seguiram, Kennedy ordenou uma completa reformulação da Agência Central de Inteligência. Dulles ainda ficou no cargo de Diretor da Agência até setembro de 61. Substituído, consta que se tornou rival de Kennedy.

A crise devida ao fracasso da Baia dos Porcos deu origem à imagem de um Kennedy liberal e defensor da legalidade democrática, que teria sido eliminado por uma uma CIA conspiradora e ultra-conservadora, o que não corresponde exatamente às revelações que se tornaram agora disponíveis. Kennedy se elegeu defendendo o crescimento da indústria armamentista, ao contrário de seu antecessor Eisenhower, que era republicano e General, e que fez seu discurso de despedida alertando para os perigos na demanda insaciável do establishment militar-industrial. Para substituir Dulles na CIA, e para agradar aos conservadores, que o acusaram de falta de iniciativa diante de Cuba, Kennedy nomeou John A. McCone, que era empresário conservador, defensor da linha dura contra a União Soviética, e membro do Conselho de Relações Exteriores. Victor Marchetti, que ocupava um alto cargo na CIA, e que se tornou dissidente em 1969, insiste em entrevista a Le Nouvel Observateur em 1975, em que a CIA de McCone não teria motivos para matar Kennedy. Segundo Marchetti, que escreveu um livro (A CIA e o Culto da Inteligência [6]) denunciando as operações clandestinas e assassinatos políticos da Agência, McCone “adorava” Kennedy, porque ele era “um Presidente muito duro, agressivo”, que ordenara várias ações clandestinas no Vietnã e em outros países do Terceiro Mundo.

A CIA de McCone não teria motivos para fazer o atentado contra Kennedy, o que não quer dizer que quadros da Agência, remanescentes da administração anterior, não possam ter sido usados para o feito. O recente filme do diretor Oliver Stone sobre o atentado, deixa claro como parte da rede da CIA, em associação com a Máfia, a Polícia de Dallas, etc, participaram do complô. A razão para o atentado não poderia ser uma simples disputa na orientação política do governo norte-americano, devendo ser necessariamente uma questão crucial, e necessariamente envolvendo o Governo Invisível, que se sentiu ameaçado por Kennedy, e que seria a única estrutura capaz de “bancar” o atentado. Governo Invisível que a esta altura crescera muito além de sua estrutura inicial baseada na CIA de Allen Dulles.

O crescimento do Governo Invisível se deu em vários sentidos, cujo histórico está começando a se tornar conhecido hoje em dia, mas cujo relato é espinhoso, e até perigoso. Um aspecto importante é revelado pelo autor norte-americano George Andrews (Extraterrestrials Among Us [7]), quando assinala que Allen Dulles (que estabeleceu o acordo de rendição com os alemães, na condição de chefe do serviço secreto americano na Suiça) integrou grande parte da rede da derrotada Gestapo [segundo Andrews; mais provavelmente os SS] no processo de formação da CIA, “sem o conhecimento dos cidadãos norte-americanos”. Este aspecto vem à tona de maneira sintomática no filme de Oliver Stone, quando um agente da CIA, no filme o ator Donald Sutherland, faz revelações pessoais ao Promotor que reabrira as investigações sobre o atentado ao Presidente. Lembrando os bons tempos em que os espiões eram patriotas que ajudavam alegremente a derrubar republiquetas pelo mundo afora, o ator Sutherland abre um sorriso patético, e comenta que antes o fascismo – “estava lá fora”, mas que “agora, está aqui mesmo, dentro da América”.

É curioso como, depois do atentado, Allen Dulles é chamado para compor a comissão que fará as investigações sobre o mesmo, junto com Earl Warren, Presidente da Suprema Corte, e Gerald Ford, Presidente do Congresso, por nomeação de Lyndon Johnson. A idéia de que o atentado a Kennedy é devido a alguma razão nebulosa e inexplicável permanece até hoje (depois que a apresentação de Lee Oswald como bode expiatório foi desmascarada), o que é bem sinal da influência desse poder “invisível”, que articulou o golpe de estado interno de novembro de 1963 nos Estados Unidos

Governo Invisível - 3 & 4


O Governo Invisível – 3

Ciro Moroni Barroso

Tribuna de Petrópolis

23 / Maio / 1993 [revisão e notas, 1999]

Um acontecimento significativo, que mostra como foi intensa a luta de bastidores na formação do poder secreto norte-americano, é o ingresso, em 1957, do Almirante Hillenkoeter, primeiro Diretor da CIA, no NICAP, um comitê de cientistas e oficiais da reserva dissidentes, que faziam uma pesquisa independente sobre os discos voadores, em desafio à política oficial de sigilo a respeito. Os discos voadores haviam sobrevoado Washington na madrugada de 20 de julho de 1952 e, por causa disso, diversos oficiais da Aeronáutica haviam decidido que era tempo de abrir a questão ao público. Quando estavam prestes a fazê-lo no final de 1952 (com Eisenhower já eleito), a CIA interveio, ordenando aos militares segredo-máximo. O conceito de ufos, como um objeto exótico e imponderável, passou a ser vendido às Forças Armadas, ao mundo acadêmico, e ao público, através do Painel Robertson, do Relatório Condon, e do Livro Azul.

O ingresso de Hillenkoeter, que fôra o primeiro Diretor da CIA de 1947 a 1950, durante a fase constitucional da Agência, num grupo de militares dissidentes, era embaraçoso para a cúpula norte-americana naqueles bons tempos de macartismo, porque equivalente aos processos de dissidência no mundo soviético. Hillenkoeter e o NICAP dirigiram-se ao Congresso em 1960, denunciando o sigilo imposto dentro da Aeronáutica sobre os discos voadores. Uma investigação parlamentar foi aberta, com uma apreciação dos dados do NICAP, mas não tardou para que Hillenkoeter fosse silenciado, e o Congresso afastado da questão, com o parlamentar Brooks, que conduzia as investigações, adoecendo e falecendo subitamente.

A questão dos discos voadores, desde então, têm-se mantido tão imponderável quanto o próprio “governo invisível”: muitos sabem a respeito, mas ninguém tem a coragem de falar abertamente. Depois da fase em que as consequências da presença de visitantes estrangeiros em nosso planeta foram administradas pela CIA, durante os anos 50 e 60, a questão foi passada para outras instituições menos conhecidas dentro do sistema de governo secreto, tais como o Escritório Nacional de Reconhecimento (NRO), e a gigantesca Agência Nacional de Segurança (NSA). Se existe o risco de se subestimar o papel da CIA na montagem do poder internacional norte-americano, o risco também existe de se superestimar o papel da mesma diante de outras organizações bem mais ricas, complexas e poderosas, que vieram a constituir o “governo invisível”.

Sem fanfarras, sem conhecimento público, sem comentários na imprensa, a poderosíssima NSA foi criada por Truman no dia da eleição presidencial de 4 de novembro de 1952, que levou ao poder o General Eisenhower. A necessidade de se manter a discrição e afastar a curiosidade dos jornalistas, que marcou toda a vida da Agência de Segurança Nacional, foi o motivo da escolha daquela data para sua fundação, de modo que possíveis comentários sobre o fato se perdessem no noticiário eleitoral. Ao ser fundada, apenas um punhado de pessoas dentro do governo ficou sabendo de sua existência. Até 1982 a NSA era uma coisa completamente desconhecida para os cidadãos norte-americanos. Neste ano um scholar, James Bamford, publica um longo e primeiro ensaio sobre a Agência, revelando seu histórico e seus sistemas complexos de espionagem eletrônica mundial, com o título de The Puzzle Palace.

A NSA foi criada para fazer a escuta e interpretação de toda e qualquer telecomunicação, civil ou militar, estratégica ou trivial, a nível de todo o globo planetário. Em 1964 essa tarefa era cumprida através de um rede de mais de duas mil estações interceptadoras espalhadas em todo o mundo, e essa rede foi ampliada consideravelmente com os satélites em órbita. Ela tem por tarefa, além disso, fazer a análise e resumo das informações coletadas, a serem repassados aos orgãos governamentais. Nada menos que 40 toneladas de papéis são emitidos pela NSA diariamente, o que resultou certa feita numa cena cômica, quando o governo tentou incinerá-los, construindo especialmente um forno na Florida (a sede da Agência é em Fort George Meade, Maryland) que acabou dando um colapso, desencadeando uma operação militar. Segundo Bamford, em 1978, mesmo depois de cortes efetuados com o fim da guerra do Vietnã, a NSA controlava cerca de 70.000 funcionários, todos com expresso juramento de sigilo. A Agência tem uma Universidade própria para a formação de seus quadros, com 18.000 alunos. Nos anos 80 a dotação da NSA era de 2 bilhões de dólares anuais, oficialmente.

Tomando-se como referência os dados apresentados por Marchetti e Marks em seu A CIA e o Culto da Inteligência, dados que devem referir-se ao ano de 1972 ou 73, num orçamento total de cerca de 6,230 bilhões de dólares para a comunidade de inteligência norte-americana, a CIA teve um orçamento na ordem de 750 milhões; a DIA (Agência de Inteligência da Defesa) de 200 milhões; a inteligência da Marinha 600 milhões; a inteligência do Exército 700 milhões; a inteligência da Aeronáutica 2,700 bilhões, o que inclui o orçamento do NRO com mais de 1,500 bilhões; e a NSA 1,200 bilhões; além dos orçamentos menores do FBI, da inteligência do Departamento de Estado (Relações Exteriores), da inteligência da Comissão de Energia Atômica, e da inteligência do Tesouro. [8] [9]

Quanto à NSA, de acordo com Bamford, “a despeito de seu tamanho e poder, entretanto, nenhuma lei jamais foi estabelecida proibindo a NSA de se engajar em qualquer atividade. Existem apenas leis que proíbem a distribuição de qualquer informação acerca da Agência. E conclui: “Além de estar livre de quaisquer restrições legais, a NSA tem capacidades tecnológicas de espionagem de telecomunicações para além da imaginação”. O pesadelo de George Orwell ocorrendo na América, porém bem antes de 1984.

 

O Governo Invisível – 4

Tribuna de Petrópolis

13 / Junho / 1993

Os leitores terão notado o recente noticiário sobre um relatório da CIA para o Brasil, com verificações um tanto óbvias acerca da instabilidade do governo Itamar. As conclusões são resultado de análises feitas por especialistas acadêmicos em assuntos latino-americanos e essas análises não significam, a princípio, nenhuma postura clandestina da Agência, que parece ter-se tornado mais bem-comportada, reduzida em suas funções, cumprindo meramente seu papel inicial de coletar informações úteis para o Executivo norte-americano. O que é estranho, de qualquer forma, é que a divulgação do relatório sugere uma postura de intimidação e advertência de Tio Sam para com a nação brasileira, que se encontra ainda sob sua esfera de influência estratégica. O militares brasileiros, como se sabe, andam furiosos com esse tipo de coisa, ao contrário do alinhamento automático que adotavam há vinte e cinco anos. Um detalhe importante é saber como e porque o jornal O Globo foi o escolhido para divulgação exclusiva desse relatório.

Philip Agee, que trabalhou na CIA até 1969, quando se tornou dissidente, conclui seu relatório pessoal sobre a Agência, Dentro da Companhia”: Diário da CIA [10], cuja edição a Agência tentou retardar e cortar, afirmando que: “As comissões de investigação do Congresso podem, se o desejarem, iluminar todo um escuro mundo de watergates no exterior, durante os últimos 30 anos... A questão fundamental é passar das operações da CIA às razões pelas quais elas se deram – o que levará, inexoravelmente, a questões de ordem econômica: preservação de relações de propriedade e de outras instituições sobre as quais repousam os interesses de nossa própria e privilegiada minoria.” Ele revela ainda que Jim Noland lhe confidenciou em 1964, depois de ter-se tornado o chefe do escritório da CIA para o Brasil em Washington, que “O Brasil é o problema mais sério que temos na América Latina, mais sério na realidade que Cuba desde a crise dos mísseis”.

Mas isto foi no tempo em que a CIA estava no auge de seu pode de espionagem e ação clandestina para a derrubada de governos no terceiro mundo demasiado independentes ou revolucionários, o que era justificado pelo fato de que estes governos poderiam cair sob a esfera de influência da União Soviética, dentro do estrito xadrez estratégico da Guerra Fria. Em 1967, por exemplo, a seção latino-americana da CIA tinha um orçamento de 37 milhões de dólares, somente para despesas de rotina. Em 1962, uma comissão de parlamentares brasileiros descobriu que o escritório da Agência no Rio de Janeiro havia gasto entre 12 a 20 milhões de dólares com candidatos conservadores e pró-americanos nas eleições recém realizadas. Ned Holman, chefe do escritório da CIA em Montevidéo, revelou a Agee que a Agência havia participado decididamente na derrubada de João Goulart, com o escritório do Rio de Janeiro “financiando demonstrações de massa contra o governo”. O planejamento político e as campanhas publicitárias para a derrubada de Goulart foram iniciados antes da eleição de 1962.

A mesma coisa aconteceu no Chile em 1964, na disputa entre Allende e Frei, quando a CIA “gastou vários milhões de dólares para fortalecer os partidos de direita e comprar votos contrários ao candidato socialista.” Phillip Agee trabalhava nesta época no escritório de Montevidéo, através do qual os escudos chilenos foram passados, e revelou que o dinheiro era tanto, que ele gastou um dia inteiro para contar. A mesma coisa aconteceu no Irã, na Indonésia, no Equador, na Guatemala, no Laos, no Vietnã, em Chipre, e em incontáveis situações pelo mundo afora. Em todos estes casos, houve sempre uma política ambígua, com o Departamento de Estado (isto é, a diplomacia) afirmando “jamais interviremos no mundo livre”, ao mesmo tempo em que os agentes da CIA se mantinham atarefados com as intervenções. Exemplo disto foram as reiteradas afirmações de Kissinger, de que jamais os Estados Unidos teriam “feito baixezas” no Chile, depois de ter sido ele próprio quem tomara as iniciativas contra Allende, em seguida à ascensão democrática deste ao poder em 1970. Segundo Victor Marchetti, Kissinger é “um notório trapaceiro”, que jamais mereceu o Prêmio Nobel.

De qualquer forma, quaisquer que tenham sido os méritos da justificativa dessa política clandestina face à expansão da União Soviética, o fato é que foram os países do terceiro mundo os grandes perdedores da batalha da confrontação “fria” entre as duas super-potências. Em poucas oportunidades, os países atingidos pelas conspirações da CIA estavam realmente se inclinando para a União Soviética. Em muitos casos, buscavam autonomia real diante de ambas as super-potências.

É fácil, portanto, compreender porque governos tais como o de Itamar Franco são tão frágeis: isto é resultado de décadas de solapamento e destruição de políticas nacionalistas mais decididas, e não de uma fragilidade ou incompetência intrínsecas de brasileiros ou outros terceiro-mundistas. Quanto ao poder constitucional norte-americano, ele é igualmente frágil e vítima de uma síndrome de impotência diante de poderes não-constitucionais mais fortes. Kennedy e Carter, que foram relativamente independentes, pouco ou nada puderam fazer. Clinton, certamente, não irá muito além de exibir sorrisos e cortes de cabelo para o distinto público.

A História e o Milênio



Tribuna de Petrópolis, Dezembro 05/06, 2000
Jornal de Petrópolis, Novembro 11, 2000

Ciro Moroni Barroso


É lenda que ao final do primeiro milênio a humanidade esperava o cumprimento de profecias bíblicas. Por que um número redondo de mil anos haveria de comover o super-Deus autocrático do monoteísmo judaico-cristão em seu ajuizamento? Seria bastante etnocêntrico o privilégio desta data, na medida em que outros povos - muçulmanos, hindus, chineses, toltecas - contavam outros números para os séculos de seus calendários. Povos que ainda desafiavam a hegemonia teológica etnocêntrica européia com a pluralidade de seus Deuses, os quais se propunham a outras funções que não julgar os humanos.

Historiadores, recentemente, contestaram a tese da expectativa profética ao fim do primeiro milênio, demonstrando que ela ocorreu, de fato, na virada do ano 1500. Pode-se dizer que as profecias, naquela época, realmente se cumpriram: revelações, descobertas, o mundo medieval sendo posto em questão, uma nova era secular se definindo claramente. Com o sentido de "grande revelação", o Apocalipsis se cumpriu na transição renascentista, quando a própria autoridade religiosa do etnocentrismo europeu foi em seguida posta em Juízo...

A descoberta da redondeza prática da Terra correspondeu à descoberta da redondeza simbólica das outras culturas terrenas com suas variantes espirituais e religiosas. Passados 500 anos, a humanidade se encontra mais uma vez exatamente nesta situação de mudança cultural em larga escala, sem que, em nenhuma parte, nenhuma fonte, científica, religiosa, pedagógica, jornalística ou de representação política, seja capaz de dizer em que consistirão as mudanças e de que maneira se apresentarão.

O cenário para esta próxima transição da cultura global está já bem definido, mas a consistência ao nível político do velho modelo de realidade ainda é muito forte para ser constestada. Tal como na Renascença, aqueles que pretendem mostrar as brechas no sistema da cultura, da ciência, da religião, trazendo informações sobre novas possibilidades de experiência, são tratados como hereges, dissidentes sociais, passando pelo filtro da difamação suas performances individuais. Informações corretas e verificadas são lidas apressadamente, com graves deformações preconceituais, por profissionais de imprensa e por acadêmicos, tomados por uma ansiedade em preservar uma linguagem e uma descrição da realidade já historicamente, documentalmente, ultrapassadas; mas ainda requeridas para a validação dos papéis sociais e profissionais.

Este articulista mesmo, nesta mesma cidade, já por várias vezes distribuiu releases, ou deu entrevistas, enfatizando o caráter anti-especulativo, anti-esotérico, anti-místico, com que devem ser tratadas informações que são originais em relação ao bloco de cultura ocidental prevalecente. As matérias a respeito, invariavelmente, aparecem em seguida enfatizando uma abordagem mística, imaginária, etc. Há uma outra descrição da realidade, mas a tradição ocidental de crítica e análise racional, de filosofia e ciência, deve ser novamente enfatizada.

Um breve repertório sobre os novos conhecimentos é suficiente para se apreender o grau de mudança implícita, assim como a necessidade de se esclarecer o público a respeito, da maneira mais sóbria:


1) Desde o início do século, descobertas e inventos sensacionais do cientista Nikola Tesla em eletromagnetismo foram mantidas num circuito fechado de grandes corporações e do sistema militar secreto dos Estados Unidos. Estes inventos, se compartilhados com o público, provocariam uma revolução no modelo industrial. Alguns exemplos são a emissão de ondas eletromagnéticas estacionárias ou de valor puramente escalar, que permitem a emissão de energia à distância, um fantástico alcance em telecomunicações, e um uso destrutivo bélico à distância.

2) Da mesma forma, as descobertas do cientista Wilhelm Reich permitiram a emissão  de energia vital à distância, de modo que se pode dar saúde ou adoecer pessoas ou populações. Pode-se ainda interferir no meio ambiente, provocando-se secas, inundações, terremotos, etc (Programa HAARP no Alaska). Estas descobertas foram mantidas em segredo pelo sistema secreto dos E.U. para uso militar, e Reich foi perseguido e difamado.

3) Técnicas que associam a emissão e captação de energia vital (Radiônica), campos eletromagnéticos, e a captação e emissão de ondas mentais de indivíduos dotados permitiram que a CIA criasse programas (MK-Ultra, Montauk) para a influência mental à distância, induzindo certos comportamentos em populações-alvo ou certas idéias fixas (mórbidas) em indivíduos escolhidos  ou incômodos.

4) Desde os anos 80, diversos membros dos sistemas secretos militares e de inteligência dos Estados Unidos têm vindo a público em postura de dissidência, revelando estes e outros segredos, alertando a respeito da formação de um estrato para-estatal elitizado desde o pós-guerra no Ocidente através das grandes casas financeiras e corporações industriais, em associação com o sistema de inteligência (CIA, NSA, DIA, NRO, etc). Este bloco faz uma política hegemônica muito mais decisiva que a dos governantes institucionais, de modo que a descrição da sociedade norte-americana em termos constitucionais, cristãos, liberais, mercadológicos, se torna mero jogo de cena.

5) De acordo com estes dissidentes, cerca de 3000 membros do sistema de inteligência e cientistas de projetos avançados alemães durante a Segunda guerra foram automaticamente transferidos para a criação da CIA (1947). Entre estes projetos estava o da nave discoidal anti-gravitacional Haunebau, o famoso trunfo secreto nazista para vencer a guerra, que decolava com a inversão do campo magnético natural terreno, mas que não chegou a ter solução técnica adequada para uso militar ofensivo: a variação das polaridades magnéticas atômicas criava invisibilidade (descrição dos foo-fighters durante a guerra aérea), mas também defasagem na continuidade molecular da matéria, impedindo a artilharia.

6) Aos desenvolvimentos de Tesla e dos projetos alemães juntou-se tecnologia obtida com extraterrenos para a criação de uma nave anti-gravitacional já nos anos 50, nas mãos do sistema militar secreto, sem o uso de foguetes e antes que a NASA existisse. Estes extraterrenos não correspondem à nossa evolução humana, mas conseguiram se entender com os militares, oferecendo tecnologia em troca de um tratado de silêncio e de bases subterrâneas (Novo México) para que eles desenvolvessem experiências genéticas com amostras biológicas nossas. Estes et.s sofrem de degeneração orgânica, têm má aparência, e sequestram pessoas para suas experiências, o que deu origem à imagem negativa sobre et.s, verdadeira, mas parcial, diante de outros contatos amistosos e de forma humana. A imagem negativa, infelizmente, é a única propalada pela "Ufologia" e por Hollywood.

7) Aurora, a nave interplanetária do sistema secreto decola semanalmente desde o final dos anos 50 de sua base na Área 51 no Nevada, para a instalação e colonização de bases secretas na Lua e em Marte. Esta é a razão pela qual a NASA não vai à Lua desde 1972 e para as reclamações decepcionadas dos astronautas dos vôos Apolo.

8) Todas estas descobertas tornaram já há muito obsoletas as máquinas de propulsão por queima de combustíveis, mas a tecnologia inferior é mantida devido aos interesses econômicos, o que resulta em poluição ambiental e perturbações climáticas. O presidente John Kennedy, ao tomar posse em 1961, tentou modificar estes fatos, criando a NASA para a pesquisa civil e tentando desmembrar a CIA, que era ainda apontada como gerenciadora dos enormes fundos internacionais do tráfico de cocaína.

9) O isolamento da cultura terrena e o modelo biológico da vida foram definitivamente rompidos também nos anos 50 e 60 pela aproximação de extraterrenos do tipo humano. Através do presidente Kennedy e de outros contatos, eles fizeram propostas para uma manifestação global e advertências sobre os outros et.s oportunistas. Seus contatos e advertências não deram certo porque sofreram severa oposição do sistema secreto que perderia suas prerrogativas com a mudança dos parâmetros oficiais. Esta situação se mantêm até hoje, com uma formidável tensão de bastidores diante de sua inexorável revelação, já tantas vezes adiada.

10) Segundo estes extraterrenos, a raça humana que conhecemos tem origem galáctica, sendo eles nossos parentes esquecidos. A razão para o esquecimento foi o Dilúvio Atlante e o Dilúvio de Noé, na verdade cataclismas artificiais provocados por uma alta civilização, e sua remanescente, que se auto-destruíram, resultando em nosso isolamento. O problema do "contato" para eles não é assim de ordem técnica para "chegar" à Terra (podem ultrapassar a velocidade da luz), mas antes o problema ético de como abordar uma cultura primitiva e insegura como a nossa.

11) Estes seres professam uma unidade cósmica e divina de todos os viventes, não exatamente de acordo com nossas versões teológicas e religiosas. Segundo eles, a recondução de nossa civilização a um modelo galáctico altamente evoluído é fato consumado a curto prazo. Isto explica e decodifica a fundação cristã, o papel educacional e profético, mas não religioso, de Jesus, e sua promessa de um Novo Tempo espiritual, com a vinda do "Filho do Homem": esta imagem feita por Jesus pode ser lida como a chegada física de alguém com a forma humana, o descendente da forma humana na Galáxia.

12) Isto não é para invalidar a existência dos seres divinos além da condição humana. Segundo a cultura galáctica, Jesus é realmente um instrutor desta humanidade, que evoluiu na forma humana no sistema pleiadeano, alcançando este ser neste momento uma expressão de máxima realização, ainda na forma humana. Segundo fontes orientais, Jesus é um importante instrutor entre outros. Seus ajudantes celestiais realizaram sua reanimação depois de pregado à cruz romana, dando origem ao mito religioso (da ressurreição). Seu percurso foi registrado pelos budistas até morrer idoso na Cachemira, onde seu túmulo sagrado é visitado por devotos. (vide: Nicolai Notovitch, La vie inconnue de Jesus Christ, 1894)



Acadêmica - 1


Cientista James MacDonald

Desde os anos 60, alguns poucos cientistas, como o Decano do Instituto de Física Atmosférica da Univ. do Arizona, dr. James McDonald, têm sacrificado suas vidas e carreiras para tentar efetuar um merecido "avanço da Ciência", o qual tem sido mantido desde os anos 50 em perfeito estado de Veto Obscurantista e Inquisitorial...


James E. McDonald foi um dos cientistas de peso que denunciaram as manipulações do Painel Robertson (CIA-USAF, 1953) e Relatório Condon (Univ. do Colorado, 1966), que foram tentativas fraudulentas, e mal dissimuladas, para se abafar os depoimentos de vários oficiais da Aeronáutica dos EUA, e depois de vários cientistas, sobre a movimentação dos “discos-voadores” nos espaços atmosféricos do habitat terreno... Como crise institucional, o processo atravessou 15 anos, com a CIA se intrometendo na Força Aérea, a Casa Branca alheia, a NASA sendo apontada como a instituição responsável pela “questão científica”, a ONU mostrando interesse, os civis ianques organizando comitês de pesquisa dissidentes da versão oficial, e a NASA não aceitando ficar com o “peixe”, segundo o prof. McDonald.

O Físico McDonald fez exposição na Sociedade dos Editores de Jornais em Washington, em abril de 1967, e na ONU em junho seguinte, denunciando as pressões contra os cientistas sérios. Havia ficado claro que o Relatório Condon era resultado de uma encomenda feita a um cientista inescrupuloso e a soldo da CIA. McDonald defendia a tese de que os “ovnis” eram o “maior problema científico de nosso tempo”. McDonald e outros cientistas usavam a expressão “ovni” como resultado de depoimentos positivos da Força Aérea e seus pilotos, que estavam sendo censurados. Porém, eles estavam longe de propor alguma tese inicial de interpretação. A questão foi parar numa Audiência no Congresso em 1968, proposta pelo N.I.C.A.P., que só foi aberta depois de várias censuras, e na qual McDonald, e o dr. Allen Hyneck, deram seus depoimentos. Em 1971 McDonald, segundo a versão policial registrada, teria se suicidado com uma pistola... que não possuía. [1]


[1] Gulliver, 1992, R.J., 1999, cap. XXII, nota [2]; e cap. IX

Os termos “explicação científica”, “fenomenológico”, “casuística”, etc, são utilizados dentro de um jargão pop-caricatural, devidamente repisado pela mídia corporativa para promover, de fato, uma pseudo-ciência. A pseudo-ciência é o próprio encobrimento dos relatórios da Força Aérea, de Keyhoe, Ruppelt, McDonald, Hynek, etc. O termo eufemístico e nebuloso “ufo” foi lançado em consequência do Painel Robertson e do Livro Azul, programas da CIA (com suas típicas torções linguísticas).

O termo “fenômeno-ufo” foi replicado e patenteado pelo cientista profissional Jacques Valée, num arroubo de provincianismo precoce: Gulliver, 1992, cap. XXI.

É claro que se há “seres” capazes de interferir no Sol com corpos maiores que a Terra... Estes não poderiam ser apenas “inteligências”, ou civilizações “extraterrestres”, mas habitantes de camadas, ou dimensões, superlativas em relação a nós. Por sua vez, as civilizações humanas avançadas observam a vida na Terra desde sempre... Estas circunstâncias não se provariam por meio de alguma ciência de “objetos”...
Certamente, em ambas as hipóteses, deveríamos procurar por depoimentos históricos sobre “o que existe”... As aparições não poderiam ser Fatos Isolados.

 

Cientistas

Os Cientistas desfrutam de uma posição curiosamente sacerdotal em nossa sociedade. Recebendo bons salários, e tendo carreiras garantidas pelo Estado em cada país, os Cientistas Profissionais, quase sempre, com exceções, não se sentem obrigados a fornecer esclarecimentos à sociedade sobre suas "pesquisas" luxuosas, a não ser de modo casual e diletante. A realidade eclesiástica dos Cientistas está muito distante da realidade do "homem comum", de modo que não é necessario, nem condizente, dar explicações detalhadas ao vulgo. E é assim que os Homens-de-Ciência, quando são chamados a emitir veredictos sobre "problemas científicos que afetam a sociedade" ... têm seus veredictos consumados como atos de pura autoridade jesuítica... [2]

Tesla

 

Cientista Profissional

Nos anos de 1920 e 30 uma compreensão ampla do eletromagnetismo por parte de Nikola Tesla, e descobertas na hidrodinâmica, feitas por Viktor Schauberger, abriram perspectivas para uma Física não entrópica e não gravitacional, conforme os modelos vigentes desde os sécs. 19 e 17. A atração dos corpos seria consequência de uma composição específica de harmônicos (desenhos estáveis ressonantes) dos campos EM, sendo a levitação uma simples inversão dos mesmos. Subjacente ao que seria o “vácuo”, encontra-se no universo uma camada energética [uma camada de sustentação, conforme a tradição estóica: veja-se Diógenes Laércios; VII. 148] que é capaz de oferecer fluxo energético infinito: desde de que o cientista saiba como “abrir” este fluxo. Nas emissões de ondas eletro-magnéticas, além da oscilação latitudinal dos vetores elétricos e magnéticos ao longo do pulso de onda, conforme previsto na equação de Maxwell, haveria um valor escalar de carga sendo transmitido junto com o pulso, o equivalente a uma “partícula de energia”...

Para os estudantes de Física as questões estão resumidas no texto de Tom Bearden (e Leslie Pastor) em seu sítio a seguir. Observe-se a intensa pressão que os “cartéis de energia” e a casa financeira Morgan exerceram sobre os cientistas da época, Tesla, Edison, Hertz, etc. Todos os autores nesse campo, e isso nunca será enfatizado o suficiente, deixam claro o quanto a energia elétrica teria produção, e consumo, a baixíssimo custo em comparação com a produção entrópica, com enormes barragens e fiação, até hoje utilizada.

Tom Bearden, John Bedine, e dezenas de outros cientistas nas últimas décadas, assim como Tesla e Schauberger, são exemplos de dedicação sincera à “causa da Ciência”, no sentido humanista de se resolver problemas reais, de se obter um conhecimento útil do Universo -- por oposição à aquela conhecida dedicação científica exclusiva ao carreirismo honorífico & salários, malabarismos retórico-teóricos & badalações promocionais... característica dos individualismos competitivos dos quadros de classe-média pós-modernizados.

Em 2008, o cientista profissional-promocional Oliveira, achou por bem descaracterizar, insultar, a pessoa do Físico Tom Bearden, quando o sítio Cheniere.org lhe foi apresentado... ao invés de se dedicar a entender minimamente aquele enredo que fascina tantos outros homens bem mais ponderados e sérios do que ele é ...

estoicismonagrecia.blogspot.com/2025/07/academica-2

 

Schauberger

 

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Novo Jornal: Para Províncias e Rincões [Anos 90 na Serra Friburguense]


















Estudo sobre a Filosofia dos Estóicos Gregos [300 aC] -- estoicismonagrecia.blogspot.com

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Caro Leitor: O sítio gulliver1001.bravehost.com, agora desativado, trazia em sua página inicial o resumo das aventuras de Oscar Magocsi, junto aos relatos sobre Adamski, Elizabeth Klarer, Juiz Freitas Guimarães, etc:

O livro de Magocsi que relata suas aventuras nos anos 70, foi publicado no Brasil em 1993 pela Freitas Bastos, com tradução de C.M.Barroso. Nascido na Hungria, radicado em Toronto, este autor era técnico de uma emissora de televisão na época de suas aventuras --
Minha Odisséia

O sítio que os amigos de Oscar Magocsi fizeram em 2013 sobre seu trabalho é bastante ilustrativo a respeito das condições que se podem encontrar no universo próximo para a evolução humana de nossos tipos. Veja a quantidade de depoimentos, palestras, livros, de que realmente dispomos sobre a evolução no universo... Veja a página com os linkes para os diversos autores:
oscarmagocsi.com/books
oscarmagocsi.com/index
oscarmagocsi.com/spaceFederation
oscarmagocsi.com/links












Este corpo tão volumoso quanto um planetóide, simétrico, artificial, foi fotografado pelo aparelho Lasco C2 [Programa Soho] fazendo visitas ao Sol, no dia 01 de Outubro de 2019.
Fotograma das 02:24 hrs; fotografado próximo à superfície solar.
Inicialmente na banda de freq. vermelha -- Veja na Página Setor da Galáxia


Portais da Eternidade

Nos mundos de evolução humana de quinta densidade (de frequência *), as células do corpo cessam de degenerar, e a mente passa a dominar a matéria. O sentido de "tecnologia" para eles, muda de configuração... Os humanos, na medida em que atravessam todo o período da quarta densidade, que deve corresponder à realização plena da civilização, passam a ganhar cada vez mais tempos de vida individuais. De 200 a 800 anos, e até 3 mil anos, são as idades descritas na densidade 4 ...
* As definições para as densidades e frequências têm um outro tipo de descrição em Candace Frieze (AbHope)
Os extensos e detalhados comunicados de Esu Kumara [2005-2015] são canalizações de Candace Frieze [Denver, Co], acompanhada por duas dezenas de canalizadores com o mesmo material, em vários lugares. Os relatórios de Magocsi resultam de conversas pessoais, não de mediunidade.

Na quinta densidade, os operadores "psiqueanos", por exemplo, que fizeram os passeios com as instruções para Magocsi, seriam bastante longevos - Spectron, com 35 mil anos, e Micah, com 30 mil. Eles próprios se apresentam:
[nebadon.bravehost.com/Odisseia1985]
É provável que Esu Kumara (comandante da frota de intervenção pleiadeana na Terra), e Ashtar Sheran (comandante da frota de resgate em caso de acidente planetário), sejam bem mais longevos que Spectron:
[nebadon.bravehost.com/KumaraAlcyone]

Veja a seguir os relatórios de Argus (idade 7 mil) para Magocsi no início dos anos 80, sobre as ações da Federação Galáctica na Terra. Estes relatórios pertencem ao segundo livro, em continuação a Minha Odisséia [não publicado em português] -- Estes relatórios indicam como a Fed. Galáctica, com suas lideranças, estavam procurando a colaboração de setores e lideranças da Sociedade Terrena, durante os anos 80 e 90, para uma intervenção diplomática na Terra, a tempo de salvar nossa sociedade com reformas políticas... antes do cataclisma solar previsto...



























15 Jul / 1980 – Manhattan
“Ah sim, nós todos estamos cientes dos desejos dos amigos que são bastante merecedores,” respondeu Argus. “Nós encontraremos o jeito e a oportunidade, embora não seja assim tão simples. Existe um milhão de outros amigos assim em torno desse mundo que são dignos de serem considerados para contatos. No meio tempo nós temos que lidar com milhares de atividades e questões militares, políticas, de meios de comunicação e da oposição numa escala global na medida em que elas se apresentam, isso para não mencionar a logística interdimensional e diversos outros fatores. E contudo há apenas um punhado de nós designados aqui, enquanto que as coisas vão se tornando cada vez mais agitadas. Mas nós vamos tentar fazer o melhor para todos aqueles amigos pesquisadores.”
Embora eu estivesse ouvindo atentamente, meus olhos não paravam de correr por todas as coisas, incluindo as placas dos veículos... Argus notou os meus olhares e disse, “Esqueça a respeito dessas placas... O que me faz lembrar, por favor... nenhuma palavra para ninguém acerca do que eu disse, nem mesmo acerca do evento desse contato. Não até meados de agosto, até o fechamento oficial da Convenção do Partido Democrata. Existem coisas demasiadas em jogo, de modo que nós não podemos arriscar um vazamento a essa altura em nossa ação de lobby político ou às vezes uma pequena torcida de braço. Alguns daqueles que nos dão suporte nos altos escalões se encontram já sob suspeita por parte da oposição, e por parte da oposição deles também.”
“O.K., nem uma palavra até após a convenção. Então eu fico livre para passar adiante as informações e a cópia xerox, certo?” Indaguei.
“Precisamente,” respondeu Argus. “A bem da verdade, eu ia lhe pedir que fizesse isso. Até lá, não se exponha, suma de vista. Entretanto, nós continuaremos ativos em outras bases. Nós nos deslocaremos para Washington, capital, para um encontro com um parlamentar amigável nos dias seguintes após encerrarmos nossas atividades aqui na O.N.U.. Depois de Washington, teremos de seguir correndo para o Texas para ajudar a afastar um certo desastre que se aproxima.”
“Assim como vocês devem ter vindo correndo do Estado de Washington, eu suponho. Como está indo o Monte Santa Helena?” Eu perguntei. “Bem melhor agora,” disse Argus, “mas o pior pode ainda estar por vir. O grande problema é que muitos outros vulcões estão se ativando também, enquanto isso. Não é de admirar que nós estejamos tão ocupados esses dias. A crescente magnitude e aceleração dos eventos está escapando ao controle. O mundo definitivamente está fora do ritmo. Nós estamos já na mudança cósmica de ciclo para o planeta de vocês. É difícil dizer o quanto próximo do final, mas melhor é estar preparado, por via das dúvidas...”

11 Mar / 1982 – Key West, Florida
“A Operação Fim do Mundo – Primeira Fase está completa”, Argus continuou. “Todo o pessoal aqui logo estará indo para casa, de modo que possam estar de volta em setembro desse ano para a Fase Dois. Eu aqui estou me referindo à mais pesada frota jamais reunida próximo ao planeta Terra. O propósito foi o de contrabalançar a deformação exercida pela atração gravitacional cumulativa do alinhamento planetário, conhecida como Efeito Júpiter.
“Coordenada pelo Comandante Spectron, o representante não oficial dos Guardiães junto à Federação – esta operação de contrabalanceamento foi um projeto conjunto da Federação, com a participação de muitas centenas de naves completas com pessoal operador entre especialistas vindos dos mundos mais afastados.
"Com isso me refiro à Federação Interdimensional dos Mundos Livres, na qual os Mundos Psiqueanos são apenas um dos membros. Portanto, o intenso trabalho dos últimos dias se encerra. Nós conseguimos afastar apenas a porção mais pesada dos efeitos destrutivos – mas nem todos eles. Infelizmente, algumas formações de rachaduras capilares na crosta do planeta, o aumento da tensão nas linhas de falhas, e o aumento da inquietação no tecido social não poderão ser evitados. Estes em breve estarão produzindo algumas calamidades naturais e de origem humana conjugadas nos próximos meses a seguir.
“Além disso, a crise do Efeito Júpiter vai durar até meados de 1984. Por uma questão de sorte para os de vocês, o Conselho dos Guardiães decidiu comprar um pouco mais de tempo para o Planeta Terra, sendo esta a razão para a presença da Frota da Federação para o contra-efeito parcial. Contudo, o fim inevitavelmente está chegando – não o fim do mundo, mas o fim de uma era – o que significa um momento qualquer a partir de meados dos anos 80 em diante, mas o mais tardar antes que este século esteja terminado.
A única questão é o quão turbulenta e destrutiva a transição para a nova era estará sendo, tanto individualmente quanto coletivamente para o seu povo da Terra."

















23 Jan / 1983 – Lago Ontario
"Muitas vezes nos últimos 3 ou 4 anos, nós que somos dos poderes espaciais amigáveis sabíamos acerca dos assédios intimidatórios e dos ataques psíquicos por parte das Forças Obscuras sobre nossos amigos, trabalhadores da Luz, pesquisadores de discos voadores, associados e simpatizantes. Nós estivemos frequentemente com as situações sob controle, contudo escolhemos não interferir (exceto em casos de grave perigo) – mas ao invés atrair os agentes obscuros para que ficassem a descoberto e nos conduzissem a suas conexões. Dessa forma, nós conseguimos expor e neutralizar vastos segmentos da rede operacional deles.
"Nós pedimos desculpas por uma tal utilização de amigos como cobaias, mas o trabalho de limpeza tinha que ser feito. Além do mais, alguns de vocês desejam ajudar na luta contra as forças cósmicas do mal. De modo que tudo isso não foi em vão. Muitos de vocês se tornaram mais fortes e/ou passaram por uma muito necessária (e inevitável) purificação através destes últimas provas e atribulações. E tudo isso ajuda na modificação da balança global no sentido da Luz. Infelizmente, o mal em suas muitas formas e meios ainda está conosco, a despeito dos rumores em contrário. Alguns poderão dizer que esta noção acerca do mal é apenas paranóia, mas será realmente? Dê uma olhada nos acontecimentos do mundo. Você acredita seriamente que toda esta malevolência e violência sem sentido, todos os desastres globais e pessoais são apenas alguma coisa aleatória ou coincidências?
"Esta é uma época de provas e atribulações. O fim de uma era está se aproximando – a única questão é o quando e como. O fim (ou o novo começo) poderá vir a qualquer momento entre 1984 e 1996, mas até 1999 o mais tardar. Além de 1984, nossa Federação do Espaço não realizará mais maiores esforços para afastar desastres globais – nós de preferência mudaremos a ênfase para a imediata remoção em massa das pessoas decentes da Terra em conjunção com outros Poderes do Espaço aliados, para que estejam preparados naquele momento em que soar a hora final. Os próximos dois anos [1983-84] mais ou menos irão trazer muita aceleração cósmica para o mundo de vocês..."

Esu Kumara, 05 Fev / 2005
“Bem, de fato, a Terra não teve um bom desempenho nesses últimos 26.000 anos, e haveria mesmo de retroceder um grau, porque seu progresso foi muito pobre. Caso seus amigos inter-espaciais não tivessem feito uma intervenção logo após a 2a guerra mundial, o planeta teria feito um deslizamento, ao girar em órbita, e muito pouco da vida teria sobrevivido.
“A Terra (com isso) teria necessidade de que nova vida fosse semeada, o que incluiria, provavelmente, corpos novos para suas aventuras evolucionárias. Essa situação é em grande medida devida às falhas de seus mestres antigos [referência aos Anun.naki] que foram muito ruins, aqueles que foram decaídos dos céus, e aqueles que submeteram o planeta pela força, e o escravizaram.
“Muitos de vocês são de outros planetas, que sofreram a destruição de uma maneira ou outra. Nem sempre, mas na maioria das vezes, pela guerra. Vocês, por causa disso, necessitavam de um novo planeta, uma vez que o anterior havia se tornado inabitável. Vejam o cinturão de asteróides em seu sistema, que foi uma vez um planeta chamado Maldek. Ele foi destruído, numa ação de guerra, e para vocês é impossível viver sobre as rochas.
“Muitos de vocês são de Marte e de Vênus, ambos os quais passaram por dificuldades extremas. Vênus se balançou em sua órbita, criando enorme devastação, em resposta ao stress sofrido pelo planeta. E é isso o que a Terra estava para se defrontar nesse ponto. Os bons rapazes de Marte destruíram sua própria atmosfera.
“A Terra estava indo nesta direção mais uma vez, com suas capacidades nucleares, e o planeta desejava jogar vocês para fora, com este deslizamento na rotação. Esse é um evento diferente de uma mudança no eixo de inclinação magnético, e é muito mais sério. Mas isto preservaria a Terra.”


















Os Círculos nas Plantações no Sul da Inglaterra começaram no início dos anos 90, e continuaram numerosos por 25 anos, aparecendo em outros países... O sinuoso diagrama-na-colheita acima apareceu em Trusloe, Avebury, em Maio de 2009.
Para os desavisados, displicentes, simpletôns e inexperientes, qualquer trabalho de arte pode ser depreciado, qualquer valor desvalorizado. A revista Veja uma vez mandou avisar a seus leitores que os Crop Circles eram obra de idosos folgazões que se moviam na noite, com pranchas que amassavam as colheitas...
Os Círculos tinham tamanhos de 200-600 m., apareciam de súbito nas madrugadas, e uma espécie de pente ou garfo metálico foi visto e filmado, flutuando sobre os desenhos: este aparelho deve ser capaz de dobrar as hastes dos cereais com alguma emissão, de modo que elas caem de lado, sem arrebentar, e sem a perda do grão.
Isto mostra o grau avançadíssimo de suposição-da-estupidez do leitor por parte da redação-Veja...


Sheldan Nidle, Your Galactic Neighbours; Blue Lodge Press, 2005 (Chapter 1)

"Meu primeiro encontro com um grupo da Confederação de Andrômeda ocorreu quando eu tinha cerca de cinco anos. Uma nave-mãe andromedana havia vindo à Terra para avaliar as condições correntes em nosso sistema solar. Washta, meu guia de Sirius, me passava lições frequentes, cheias de exemplos, acerca de como os conhecimentos adquiridos pela Confederação de Andrômeda haviam salvado a Federação Galáctica da ruína..."

Desde sua primeira infância Sheldan descreve ser teletransportado até a nave de Washta, seu orientador educacional, para as lições em que ele era treinado para ser um escritor capaz de esclarecer os problemas da intervenção da Federação na Terra a seus possíveis leitores atônitos no fim do séc. XX. Washta deve ter uma idade comparável à de Argus e Micah, e sua relação com Sheldan Nidle é semelhante à relação destes com Oscar Magocsi.
paoweb.com/gfmember

Sheldan Nidle lançou seu primeiro livro em 1996, tendo sua morada no Havaí. A partir daí ele começou a postar na internet seus "updates". Desde 1997, seus comunicados com as notícias do comando de Sirius diziam que a Federação já havia obtido as condições diplomáticas para uma intervenção maciça na Terra. Isto nos economizaria muitos desastres. Os "darks" e membros hostís remanescentes de Anchara eram tratados com desdém por Nidle, sem apontar a necessidade do confronto... Mesmo assim, em março de 2011 Nidle foi atacado por um feixe de micro-ondas dentro de casa (que poderia ter-lhe sido fatal, e foi, para alguns de seus semelhantes). Sendo protegido por seus amigos de Sirius desde 1951, este ataque só poderia ser entendido como um enfraquecimento da proteção: isto sugere uma grave dificuldade militar da Federação com algum membro remanescente de Anchara naquele momento... Desde 2011, os comunicados da Federação cessaram em todas as fontes de modo enigmático. Isto é, passaram a se repetir. Até pelo menos 2020, houve sinais de que a Federação não estava conseguindo controlar a situação neste planeta conforme desejado.
paoweb.com/ghwtshel

Último Update de Sheldan - 2018, Outubro 02
paoweb.com/sn100218
paoweb.com/


Capa do Webinar 70 de Sheldan Nidle -- dez. 2015:
youtube.com/watch?v=webinar_70

youtube.com/@galactichumans
paoweb.com/webnarch




Têm sido muitos os autores desde os anos 90 que se tornaram porta-vozes da necessidade dos missionários estelares em comunicar suas preocupações aos terráqueos. Entretanto, estes autores, que tiveram treinamentos específicos ao longo do tempo, são bem diferentes de autores que passaram por experiências corriqueiras ou ocasionais, de resgate ou visitação. Os depoimentos desses autores ocasionais, mesmo sendo sinceros, trazem um quadro descontínuo de situações bizarras, enigmáticas, surpreendentes, assustadoras...
Mas esses são os autores mais divulgados atualmente: Falta à maioria dos autores "pop" um quadro de interpretação mínima sobre a ordem do universo em que suas experiências preciosas ocorreram. Esse quadro se mantêm em alguns dos programas com pesquisas mais extensas: Ufologia, SETI, Cosmic Disclosure, Exopolitics.
Nos depoentes mais recentes parece prevalecer o entendimento de que a Federação Galáctica, as civilizações humanas e seus inimigos, existiriam num domínio autônomo, separado do resto da vida universal em vários níveis.
Relatos históricos mais abrangentes, que requerem um tempo de reflexão, estão em Magocsi, Nidle e Candace Frieze. São parecidas nesses autores as versões históricas sobre o universo local e mais recente, que explicam o destino da Terra, e as muitas lendas religiosas, previsões e profecias. Uma análise comparativa entre estes autores e alguns outros, desde os anos 50, nos faz supor uma mesma paisagem ao fundo nas descrições sobre a Ordem do Universo: Há muitas hierarquias, no sentido de uma Criação Contínua desde o Universo Central, e há muitos universos-locais, que são as Galáxias, cada qual com suas hierarquias e seus fundadores. Entretanto, diferenças significativas também aparecem nesses relatos...

















Com muita frequência corpos sólidos em alta velocidade são capturados no obturador do satélite Lasco [1 ou 2 segs]. Este aqui não é um cometa: não aparece nos fotogramas anteriores, nem posteriores


Seja como fôr, ao longo do tempo, apesar das disparidades, podemos encontrar algumas observações em comum em todos os relatos, que se tornam significativas para uma compreensão inicial da Vida Universal, na qual estamos imersos:
Por exemplo, Sheldan Nidle menciona as civilizações de Andrômeda, que seriam nossos ancestrais (provenientes de Vega, etc), que formam uma "confederação", ou seja, um conjunto cívico compacto, que conta com milhares de nações. Eles fazem parte da Federação Galáctica há 3,5 milhões de anos. O Conselho de Andrômeda é um dos 14 Conselhos originais da Federação. Nidle descreve os tipos físicos, e aspectos das civilizações em Pi, e Gama, de Andrômeda. Muito bem reconhecidos por suas capacidades civilizatórias, diplomáticas, espirituais, eles estão sempre a proteger a Terra...
George Adamski e Elizabeth Klarer, como depoentes dos anos 50, um tanto esquecidos, são reconhecidos pelos depoentes atuais, ainda que Adamski tenha sofrido o descrédito da “ufologia oficial”... No Brasil, o General Moacyr Uchôa ficou esquecido, mesmo tendo sido ele professor na Academia de Agulhas Negras: ele tem interessantes relatos nos anos 80 de encontros com seres de quinta para sexta densidade, que conseguem se materializar com aparência diferente a cada vez. Uchôa foi teletransportado ao planeta avançado Artily, a 800 anos-luz.
O ancestral Saint Germain é reconhecido ou citado por quase todas as correntes.

No Webinar 66, Sheldan descreve a visita da Semjase à sua palestra em San José, em 1995. Ela estaria com a idade de 511 anos em 2012 (Webinar 33) - portanto ela teria 474 quando visitou Billy Meier na Suiça, em 1975 - porém, segundo Meier, 330. Meier foi desacreditado pela Ufologia e depois reabilitado.
futureofmankind.co.uk/Billy_Meier/Contact_Reports
Planeta Erra
futureofmankind.co.uk/Billy_Meier/Erra
A rigor não se poderia falar em "Pleiadeanos" (Pleideanos) (ou ainda, Pleijarianos) porque são muitas as estrelas da comunidade de Alcyone, e muitos seus planetas e nações.





















Foto em data de Julho de 2020, Hampshire -- Há uma nítida sugestão de mensagem cifrada, com a cobrinha que tem delicado sorriso mostrando uma organicidade no sistema de 11 planetas, para o qual um outro planeta está sendo convidado a ingressar, para formar 12 mundos... O planeta que está sendo puxado por um fio pode ser a Terra, sendo acionado pelo triângulo divino, para subir de dimensão, etc -- conforme os relatos.
Os habitantes de Agharta são os mais prováveis artistas dos círculos-nas-plantações.



sábado, 10 de agosto de 2024

Dom Vespúcio na Serra Fluminense



San Pedrito Sétimo Distrito -- Pedra do Maforte altitude 1.385 m

No século dezoito Lumiar era um pouso para descanso e abastecimento para as tropas que vinham do litoral, subindo ao longo do rio Macaé, como caminho alternativo para terras mineiras, onde se buscavam o ouro, os diamantes e as pedras. Já no início do séc. 16, os portugueses se utilizavam dos portos de Macaé, Búzios e Cabo Frio, onde instalavam fortificações e feitorias.
É certo que muitas tropas atravessaram por Lumiar e São Pedro em direção à praça friburguense do Morro Queimado... E dali para Cantagalo e Minas, na corrida para os metais e pedras preciosas durante estes séculos.
A lenda do Mão de Luva, nobre e cortesão dissidente em Lisboa, que teria se transformado em contrabandista de ouro, que teria cruzado pela rota do rio Macaé ao final do séc. 18... deve ser uma das muitas estórias da avidez pelas riquezas minerais deste período. [a]

O povoado que recebeu o nome de Lumiar já deveria existir bem antes da fazenda de Felipe de Roure, que comprou as terras de Alto Macaé em 1823, com apoio de Dom Pedro I. Roure era descendente de nobres franceses que tinham vindo para esta região junto com a frota de Dom João VI em 1808, devido à invasão de Napoleão. Esta família de nobres havia fugido da Rev. Francesa e se instalado num vilarejo com nome de Lumiar, próximo a Lisboa. A esposa de Roure era desse lugar. Ele deu o nome de Lumiar para sua fazenda.
avozdaserra.com.br/noticias/distrito-de-lumiar-celebra
... "Essas famílias nem chegaram ao Rio de Janeiro: desembarcaram na Costa do Sol, provavelmente Macaé ou Barra de São João, e subiram a serra onde hoje é a Estrada Serramar."
Em 1889 o distrito é oficialmente fundado com este nome.




O Mão de Luva teria utilizado as grutas da Pedra Riscada para esconder seu tesouro









[a] Parecem existir duas lendas do “Mão de Luva” diferentes, que ficaram mescladas, como recortes mitológicos sobrepostos dos épicos do séc. Dezoito na região.
Desde a Guerra dos Emboabas (confronto entre paulistas e mineradores de outras regiões, durante a “febre do ouro” em 1705, na região da atual São João del Rey) – toda a região em torno de Vila Rica foi tomada por vários tipos de aventureiros, contrabandistas e mineradores, mas o Governo-Geral, no Rio de Janeiro, conseguia manter o controle militar e administrativo.
É nessa paisagem social que surge a figura do “Mascate” Manuel Henriques, que seria natural da Freguesia de Ouro Branco, nascido em 1735. Ele parece liderar um bando de milicianos independentes, que atuava na região de São João del Rey, ao longo dos anos de 1770, fazendo o contrabando, isto é, não pagando o “quinto” à Coroa. Enquanto o ouro dessa região era retirado de cavernas, na região de Cantagalo uma nova corrida mitológica surge nos anos 80, desta vez para o ouro em pepitas e pedritas, a serem garimpadas no leito dos rios.
Certamente, para os índios que receberam a frota de Vespúcio, este ouro seria desconhecido, ou desinteressante. O navegador recebe notícias vagas, apenas do ouro que seria do interior de Minas. A corrida para o ouro em Cantagalo nos anos de 1780 faz com que Manuel Henriques se instale na região, com seu bando, fundando o arraial que tem este nome até hoje. Ele foi cercado e preso pelos soldados do Vice-Rei em 1786, em sua fazenda em Cantagalo, e degredado. Não parece haver nenhuma relação deste personagem, que ficou conhecido como "Mão de Luva", e a lenda de um outro contrabandista, vindo do litoral, com o mesmo apelido de “Mão de Luva”.
É provável que uma outra corrida para pedras preciosas, desta vez na região da atual Teófilo Otoni, nos anos de 1780/90, tenha atraído o nobre decadente “Mão de Luva” para a região do Rio Macaé:
Ele seria um Duque, acusado de dissidente político na Corte em Lisboa, estando o Rei Dom José já enfermo, e mantendo ele um caso amoroso com a Princesa, futura Rainha Maria. Havendo sido degredado, ele tinha em sua mão a luva que teria sido “beijada pela Princesa na última despedida que tiveram”...
Não há sinais do outro “Mão de Luva” na Serramar, mas a lenda de que este Mão-de-Luva original “guardava seus tesouras em grutas", na Serramar, lenda oral que se tornou persistente na região, indica que seu propósito seria mandar as pedras preciosas para o porto macaense, e para Lisboa como contrabando...

Américo Vespúcio
Como piloto ou navegador de uma das naus na expedição portuguesa [1501-1502 -- 3 caravelas] em que ele veio ao Brasil pela primeira vez, Americo Vespúcio relata a descoberta de todo o litoral desde o cabo de São Roque [5° 30' S] até o sul da Bahia, e o Cabo Frio [22° 53' S], e dali até pelo menos o Rio da Prata e Ilhas do Sul [50° Sul]. Eles haviam se encontrado com uma das naus da frota de Cabral, que retornava da Índia, no porto de Senegal. Com as informações certas, vieram dar no nordeste, e em Porto Seguro, onde Cabral deixara um marco. Em seguida descobriram as enseadas formosas e convidativas para as naus entre Búzios e Cabo Frio... Este passou a ser um local de referência para todos os navegadores, porque a costa do continente aí se volta para Oeste, e os navegadores sentem o vento gelado da Antártida.
Ao longo dos séculos houve muitas disputas sobre as versões que aparecem nas cartas de Vespúcio, com a descrição das expedições em que participou, como cósmografo, ou piloto, ou comandante. O termo Cabo Frio passou a designar ora os dois promontórios [búzios + arraial do cabo], ora toda a região até a Guanabara, que foi divisada por esta expedição em Janeiro de 1502.
Nuno Manuel, Comandante da expedição, foi batizando conforme os dias, com datas, ou nomes dos santos católicos (São Roque, Santo Agostinho, São Tomé, São Vicente), os cabos, enseadas ou estuários dos rios. Eles chegaram à Guanabara no dia 1° de Janeiro, mas não entraram na Baía, acharam que era a foz de um rio, o “Rio de Janeiro”... (Varnhagen, pag. 82)

Em sua segunda expedição portuguesa [Maio-1503/Junho-1504] Vespúcio diz que eles ficaram no Cabo Frio durante 5 meses. Fizeram feitorias, e exploraram a região, com guias índios, num arco impreciso de uns 100/150 km... Esta região explorada deve incluir o entorno da Lagoa de Araruama, e a encosta da Serra do Mar por onde desce o rio Macaé em Casimiro. [c]
A guarnição de 24 homens desta primeira feitoria deixada pelos portugueses em Arraial do Cabo, talvez acrescentada de mais militares ou degredados, acabou sendo dizimada em 1526 pelos Tamoios. Em 1556 os franceses tinham relações amistosas com os Tamoios locais. Mesmo assim, a região permaneceu sempre fortificada e com portos controlados pelos portugueses. [b]
Nesta época, aquele porto era um dos principais escoadouros da produção agrícola e extrativista. O ouro e as pedras preciosas passaram a ter tanta significação quanto o couro, a lã, o algodão, as madeiras para tinta vermelha, as pimentas sazonadas no atlântico sul, e assim por diante.
A se considerar que os caminhos eram escolhidos na medida em que os colonizadores conseguiam instalar seus povoados ao longo dos rios, este caminho de subida pelo rio Macaé deve ser um dos mais antigos na colonização...
Essa foi, de fato, a primeira expedição feita por luso-navegantes em Território Brasilis...!!

[b] A chamada “Guerra de Cabo Frio” aconteceu em 1575. O governador do Rio de Janeiro, Antônio Salema, reuniu poderoso exército com integrantes da Guanabara, São Vicente e Espírito Santo, apoiado por grande tropa Tupiniquim catequizada. Os oficiais e soldados seguiram por terra e mar, tendo como objetivo liquidar o último bastião da Confederação dos Tamoios e acabar com o domínio francês que já durava vinte anos em Cabo Frio.
Em 1615, depois que o governador da capitania Constantino Menelau expulsou com sua esquadra um entreposto de ingleses e franceses, ele recebeu ordens do Rei Filipe III, da Espanha para mais uma vez retornar à região e estabelecer uma povoação. Em 13 de novembro de 1615, o Arraial de Cabo Frio foi fundado, com a ajuda de quatrocentos homens brancos e índios catequizados. O Forte de São Mateus foi reconstruído, na entrada da lagoa.
cabofrio.rj.gov.br/historia






Nau Santa Maria







[c] A subida do Rio Macaé próximo a Casimiro está a 54km de Cabo Frio; Cantagalo está a 105km; Niterói está a 115 km [em linha reta]. Ao que tudo indica, a região em que a segunda expedição portuguesa no relato de Américo Vespúcio passou cinco meses não poderia ser a Guanabara, conforme a tese que havia sido inicialmente aceita pelos historiadores:
A expedição portuguesa de 1503, comandada por Gonçalo Coelho, partiu com 1 nau e 5 caravelas com a missão de contornar o continente americano no Sul, e viajar para o Oriente, até Málaga. Vespúcio comandava uma das caravelas. Eles chegaram à Ilha de Fernando de Noronha em 10 de Agosto. Porém a nau capitânea bateu contra “escolhos” e afundou, salvando-se apenas a tripulação. Vespúcio recebeu ordens de aguardar numa praia com sua caravela, enquanto Gonçalo Coelho ficou à deriva, recolhendo os marinheiros nas outras caravelas. Ele não cumpriu o trato de se reunir com Vespúcio, que esperou 8 dias. Uma segunda caravela veio ao encontro de Vespúcio, e ele foi informado de que Gonçalo havia partido para o Sul, com as outras 3 caravelas.
A Baía de Todos os Santos, já identificada, seria o local combinado para reunir navios de qualquer expedição que se desmembrasse. Vespúcio esperou mais de 2 meses na Bahia, mas Gonçalo não apareceu.
Foi assim que Vespúcio se dirigiu para o Cabo Frio: Eles devem ter-se entendido bem com os Índios dali e tiveram tempo e recursos de sobra para se fixarem entre os dois cabos, Arraial e Búzios, e fazer o reconhecimento da região serrana. Apesar de que na carta de Vespúcio a Soderini (única em que é mencionada a segunda viagem portuguesa de Vespúcio) – a latitude aparece com erro (18° ao invés de 23°), há confirmação de que eles estavam mesmo no Cabo Frio, o que ficou registrado no regimento do roteiro da Expedição da Nau Bretoa, em 1511, que foi enviada até a Feitoria em Cabo Frio.
Entretanto, Varnhagen observa [pags. 87, 88] que teria sido Gonçalo Coelho, e suas 3 naus, que teriam se instalado na Guanabara. Varnhagen cita uma “relação ou gazeta” que ele supõe ter sido escrita por um estrangeiro, em Lisboa em 1506, e que seria baseada em portulanos da excursão de Gonçalo Coelho, que alcançou a Baía de São Mathias, na Argentina, a 41° Sul: Zeitung aus Presilig Landt (Uma edição alemã do original - ?). Eles acreditaram que ali seria o extremo do continente, que poderia ser contornado, para se navegar até o Oriente, e se chegar a Málaga, que estaria apenas a umas 600 léguas.
Entretanto, devido a um tempo tempestuoso eles decidiram voltar, e navegaram subindo de volta a costa sul-americana, reconhecendo a embocadura do Rio da Prata, então chamado de “Cabo de Santa Maria”, onde recolheram notícias sobre ouro e prata.
Vespúcio retornou a Lisboa com as 2 caravelas em 18 de Junho de 1504. Gonçalo Coelho teria retornado somente em 1506, causando especulações, e tendo-se acreditado que ele se perdera. Seu retorno causou uma polêmica com Vespúcio, que o considerava “teimoso e cabeça dura”...
Tanto no caso de Vespúcio, com sua frota reduzida, como no caso de Gonçalo Coelho, da mesma forma com poucos homens, é pouco provável que eles tivessem podido se instalar na Guanabara – de onde teriam partido para fazer explorações continentais, e de navegação por cabotagem, durante vários meses. Com uma baía fechada, com 19 tribos indígenas diferentes, não seria um local apropriado para os expedicionários se instalarem. Varnhagen menciona um “arquivo” que relatava o sacrifício de dois padres por índios bárbaros na Guanabara, os quais estavam nessa expedição de 1503.
É mais provável que Gonçalo tenha se instalado com seus homens em São Vicente. Na costa brasileira tanto haviam Índios dóceis e amigáveis, quanto haviam os “bárbaros canibais”... No litoral da Bahia os Tupiniquins eram dóceis, segundo Vespúcio.

Essa leitura é baseada no texto do pesquisador italiano Riccardo Fontana O Paraíso Terrestre de Américo Vespúcio, primeira ed. brasileira 1994; terceira ed. revista 2001; trad. do italiano:

Fontana tem como referência fundamental a leitura feita por Varnhagen [História Geral do Brazil, 1857-1877] [d] acerca das viagens e relatórios de Vespúcio. Este estudioso italiano retoma as teses de releitura feitas pelos Historiadores Almte Max Guedes [1975], e Werneck da Cunha [1986; 1992] – das cartas de descrições de viagem de Amerigo Vespucci, que haviam sofrido um processo de desgaste e erosão de credibilidade por autores espanhóis no século 16, e ingleses no séc. 19, baseados eles próprios em crenças de pouca justificativa documental e acadêmica.
A longa carta escrita por Vespúcio em 1504, que seria dirigida a seu confrade florentino Soderini, que descreve suas quatro viagens, veio a ser considerada “apócrifa”, mas não parece haver justificativa para tal rótulo apressado: elas certamente são cópias de cartas originais verdadeiras, porém suas passagens truncadas ou inverossímeis devem ser devidas a copistas, desatentos, ou mal intencionados – mas de modo algum ao esforçado autor, navegador, piloto e cosmógrafo esclarecido florentino.
Vespúcio terá feito não apenas 3 viagens, mas 4: duas para a Coroa Espanhola, no Caribe, e duas para o Venturoso Dom Manuel, descendo a costa brasileira. Ele se queixa de que Dom Manuel não queria lhe devolver seu Portulano – isto é, seu relatório de navegação costeira na recém descoberta Brasilis. Esse relatórios eram considerados “segredos de Estado”, na época...
Ainda assim Vespúcio menciona nesta carta de 1504 já ter composto um “Opúsculo” sobre suas “Quatro Jornadas”, mas que ele hesitava ainda em lançar a público. De suas cartas, ou de cópias de passagens deste Opúsculo, surgiram várias versões de suas viagens, que correram o mundo. A versão batizada de Novus Mundus é uma condensação e transcrição de seus relatórios da viagem de 1501-02, escrita em latim, lançada na Alemanha em 1504. Esta versão teve mais do que 50 traduções, em todas principais línguas européias, até 1550.
A Fundação Darcy Ribeiro (no Bairro de Santa Teresa, R.J.), traz um PDF com tradução brasileira para as Cartas de Américo Vespúcio: As 3 cartas para Lourenço Médici (consideradas autênticas), e o Mundus Novus, e a carta para Soderini (considerados "apócrifos"):
fundar.org.br/publicacoes/biblioteca-basica-brasileira/novo-mundo-as-cartas-que-batizaram-a-america/




















Mapa de Ramusio, 1556 - Neste mapa a Ponta Seixas está apontando o Levante (Leste); a costa norte do Nordeste aponta a Tramontina (Norte); o Rio da Prata aparece no alto à esquerda.

[d] Vol. I, cap. VI:
Não sabemos ao certo em que data, do anno de 1500, foi recebida em Lisboa a nova do achamento, por Cabral, das terras de Porto Seguro. Em todo o caso alguma demora houve em aprestar-se uma pequena frota, de trez caravellas, que foi destinada a reconhecer a qualidade, valor e extensão da nova terra descoberta. Só alcançaram os novos expedicionários [sua partida] em meiados de Maio do anno seguinte de 1501, antes do regresso de Cabral a Lisboa, vindo a encontral-o no porto de Bezenégue, junto do Cabo Verde [Dakar]. [pag. 81]

[Segunda expedição portuguesa, que partiu em 10 de Maio de 1503]: N’esta conformidade, seguiram para o sul, e foram entrando em differentes portos até chegarem ao de Cabo Frio. Havendo aqui feito boa carga de páo brazil, resolveram regressar com ella a Portugal, deixando no mesmo cabo estabelecida uma pequena feitoria, guarnecida de vinte e quatro homens; tendo Vespucci, antes de partir, effectuado uma excursão pela terra dentro, na distancia de umas quarenta léguas. Os dois navios vieram a aportar a Lisboa aos 18 de junho de 1504. [pag. 86]
Amerigo Vespucci, que (com Hojeda) acompanhara a primeira das três expedições que correram para loeste a parte septentrional da nossa costa, e que depois visitou por duas vezes o littoral, desde o cabo de São Roque para o sul, foi naturalmente o primeiro europeu que navegou por toda a extensão da fronteira marítima do actual império do Brazil, e foi também o primeiro que por si próprio se inteirou da grande extensão continental que hoje se chama America do Sul, e que sem injustiça se poderia chamar America... [pag. 93]




Mapa de Waldseemüler, de 1507, onde pela primeira vez nosso continente Sul recebe o nome América. Waldseemüller incluiu os relatórios de Amerigo no prólogo da edição que fez para seu mapa, que ficou logo conhecido em toda Europa.












Os Colonos Chegaram
Os primeiros colonos suiços chegaram em 1819. Depois vieram os alemães em 1823. As terras friburguenses se revelaram frias e ruins para a agricultura, e os colonos foram se transferindo na direção da Vargem Alta, São Pedro e Lumiar.
Veja no canto à direita em baixo, a estrada serra-mar está chegando em Lumiar, e faz 90 graus para direita, acompanhando o Rio Macaé.


De Lumiar, as trilhas conduziam:
1-- Até o centro da praça friburguense, via Fazenda de São Pedro (Heringer), Vargem Alta, Colonial 61, e Braunes;
2-- Até Mury: acompanhando o Córrego Santiago, onde começa a estrada que existe até hoje, "Alto dos 50"-- serra dos lotes coloniais 60, 50, 39, até Stucky [Colonial 38] e Mury [Colonial 19].
3-- Até Bom Jardim, via Santo Antônio, e trevo de Barra Alegre.




Núcleo Colonial 61, construção de 1926.