quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Saudades de San Pedrito






















Página de 27 de Julho de 2016

São Pedro da Serra, Sétimo Orgulhoso Distrito da Paz do Universo, porém
invadido por humanóides








São Pedrinho Não Merece
Nos anos 90 muitos colegas e camaradas atentos se reuniam em San Pedrito Friburguense, tentando organizar uma certa cultura comunitária, a qual deveria ser, igualmente, uma “cultura de resistência” ante a avanço implacável do capitalismo selvagem e do controle mental exercido pelo monopólio globo & associados.
Naqueles anos as palestras foram muitas, com gente honesta tentando trazer para os conhecimentos de história e ciências aquelas informações que apontavam uma realidade "alternativa", ou para uma "nova era"... Ou seja, durante uns dez anos nós conseguimos afastar esta cultura opinativa e deslumbrada, de esoterismo-pop e auto-complacência...
Entretanto, quando menos se esperava, vieram as hordas da auto-ajuda e as claques egocêntricas de artistas-turísticos, invadindo em massa a paisagem do lugarejo, já outrora destinado a “toda paz do universo”...!



Largo do Estrela (praça blaudt)












Eis que as hordas [que desejam boa gastronomia] e a claque artística desletrada [que para eles trabalha] trazem sua anti-cultura para São Pedro da Paz do Universo: Embrulham seu imaginário provinciano de espectros mal identificados por sobre os conteúdos históricos de incontáveis civilizações de humanos afáveis, muito bem educados, e com milhares de anos de experiência;
[Veja-se como exemplo o pretensioso auto-repórter da self-ajuda Joãozinho, que não entendeu "nada" a respeito dos programas secretos em Marte.]
Como guris arrogantes, atribuem o conteúdo pop-neurótico das "pesquisas-ufo" que estão em suas mentes de belzebús-da-midia, justamente a todos aqueles que neutralizaram esta campanha ufológica esotérica e de auto-ajuda complacente promovida pela fanfarra alienante da mídia escravagista -- à qual vocês servem como Carneiros...





Basel, em agosto de 1566:
"Por várias horas"...








Nos anos 90 parecia muito mais natural se levar as novas descobertas universais para as assim chamadas culturas “alternativas”, ou para possíveis organizações cívicas, do que tentar apressadamente encaixá-las num quadro acadêmico, institucional, de resto desejável em outros contextos. As informações mais relevantes sobre nossos visitantes estelares, alienígenas para uns, extraterrestres para outros, foram censuradas em função do quadro militar, estratégico, de inteligência secreta. Portanto, bem além do que as instituições de Estado e Acadêmicas poderiam “suportar”...
Todos aqueles que estavam em São Pedrinho ao final dos anos 90 estavam perfeitamente cientes deste quadro: descobertas naturais, cosmológicas e decisivas deveriam ser passadas ao público a despeito do veto e resistência na cultura oficial...
Foi depois do ano 2.000, com a nova safra dos turistas do tipo alternativo-displicente, que se instalaram as versões esotéricas-ufológicas nos jornaizinhos minimalistas... e até hoje, com alta produção de axé & farra e forró & pudins de churrascos açucarados.





Yoran 2003










15 Jul / 1980 – Manhattan
“Ah sim, nós todos estamos cientes dos desejos dos amigos que são bastante merecedores,” respondeu Argus. “Nós encontraremos o jeito e a oportunidade, embora não seja assim tão simples. Existe um milhão de outros amigos assim em torno desse mundo que são dignos de serem considerados para contatos. No meio tempo nós temos que lidar com milhares de atividades e questões militares, políticas, de meios de comunicação e da oposição numa escala global na medida em que elas se apresentam, isso para não mencionar a logística interdimensional e diversos outros fatores. E contudo há apenas um punhado de nós designados aqui, enquanto que as coisas vão se tornando cada vez mais agitadas. Mas nós vamos tentar fazer o melhor para todos aqueles amigos pesquisadores.”
11 Mar / 1982 – Key West, Florida
“A Operação Fim do Mundo – Primeira Fase está completa”, Argus continuou. “Todo o pessoal aqui logo estará indo para casa, de modo que possam estar de volta em setembro desse ano para a Fase Dois. Eu aqui estou me referindo à mais pesada frota jamais reunida próximo ao planeta Terra. O propósito foi o de contrabalançar a deformação exercida pela atração gravitacional cumulativa do alinhamento planetário, conhecida como Efeito Júpiter.
“Coordenada pelo Comandante Spectron, o representante não oficial dos Guardiães junto à Federação – esta operação de contrabalanceamento foi um projeto conjunto da Federação, com a participação de muitas centenas de naves completas com pessoal operador entre especialistas vindos dos mundos mais afastados.
“Além disso, a crise do Efeito Júpiter vai durar até meados de 1984. Por uma questão de sorte para os de vocês, o Conselho dos Guardiães decidiu comprar um pouco mais de tempo para o Planeta Terra, sendo esta a razão para a presença da Frota da Federação para o contra-efeito parcial. Contudo, o fim inevitavelmente está chegando – não o fim do mundo, mas o fim de uma era – o que significa um momento qualquer a partir de meados dos anos 80 em diante, mas o mais tardar antes que este século esteja terminado.”

Esu Kumara, 05 Fev / 2005
“Bem, de fato, a Terra não teve um bom desempenho nesses últimos 26.000 anos, e haveria mesmo de retroceder um grau, porque seu progresso foi muito pobre. Caso seus amigos inter-espaciais não tivessem feito uma intervenção logo após a 2a guerra mundial, o planeta teria feito um deslizamento, ao girar em órbita, e muito pouco da vida teria sobrevivido. A Terra (com isso) teria necessidade de que nova vida fosse semeada, o que incluiria, provavelmente, corpos novos para suas aventuras evolucionárias.”
























E aqui em nossa terra, eu procuro alguns dos colegas
de 35 na Espanha. É como se fosse um filme, insano e correto.
Das espadas gaulesas, do bronze latino. Da ordem constituída
das cerâmicas em preto e branco no Louvre,
nos jarros do quinto século antes da Era.
O que seria para eles o quarto século das Olimpíadas.
Ancestrais que renascem. Nos museus da academia de Portugal,
o Tempo Infinito foi posto a julgar. Sucessão dos gritos
que clamavam pelo humano. Os Senhores da Terra
se acautelaram, articularam estados e repartições.
Promoveram duas guerras na Europa.

Em seguida, a procissão dos artistas do romântico espatifado.
Belvedere de Buñel. Bombas de arte no comércio.
Depois, sonâmbulos. Nossa Academia
novamente foi Igreja. Os artistas passaram a trabalhar
sob contrato, os sambistas pertenceram a categorias.
Nossos heróis foram pré-moldados. Postos
em órbita a girar.





















Poderosas labaredas solares e mutações no Astro afetam enormemente o equilíbrio da Terra em órbita. Por milagre o mundinho terráqueo se mantêm rodando, com todo seu Axé! Como se realiza este milagre?? A numerosa quantidade de corpos artificiais fotografados pelos satélites-NASA "tomando conta" de Apolo mostra que há "curadores" -- quem serão?
Os terráqueos deveriam se mostrar mais agradecidos, ou atenciosos, por não terem sido jogados "no espaço"...
gulliver1001.bravehost.com/Academica

Desejando adentrar o Rio Bonito. Nadei, nadei, nadei,
numa garganta. Quase sem ar, com um chamado,
que vinha da caverna de água. Seriam as vozes do Pan,
de uma outra época dentro da Terra?
Buscando trilhas nas antigas florestas, os Incas nos chamaram.
Nunca pensei que ficaríamos tanto tempo rastreando
o que seria um território. Tentando subir num trem da canção
os trilhos da Serramar. Ainda se pode retornar ao início, em 1990.
São Pedro, depois Boa Esperança, descendo ali na praça do alemão
em Lumiar. Depois voltei ao primeiro povoado, renovado,
já irreconhecível. Uma chance de 10 anos. Comando Galáctico.
Um pedaço de tempo, deitado nesta terra. Regressando
com o novo feixe que foi emitido, e agora está chegando,
desde o Sol Central. A girar na Galáxia.
Uma história santa.




















As toadas que traçamos no Tempo sempre voltaram,
nunca nos faltaram, memoráveis canções de umas troupes.
Das criações que tivemos. E, das heranças,
foram muitos baús recuperados, outros, naufrágios.
Choupanas, pousadas, pijamas.
Desde uma outra noite, nesta mesma noite,
hermanita italiana, você está comigo. Na memória, nada falha.
Mensagens em sínteses de lendas. Vultos de tempestades
que pairam, nas encostas dos montes, à espera,
para um dia se projetar ao mundo. A procissão das promessas
a cavalo, retornando, refazendo o leito da estrada rural.

Não há beatniks, nem mesmo em aldeias,
mas há retratos, entrevistas na rádio da cidade.
Conversas atentas na redação de pequenos jornais.
Exilados de regresso, sem mostrar documentos.
Bailes para mulheres dançar. Uma canção andante,
com mil escudeiros. Tropas dispersas prontas para subir
cada recanto da serra do mar. Uma festa do vinho.
Cânticos de Roma, contra as canções que fomos trazendo.

[Ciro Moroni Barroso, Música das Pedras, 2012]



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