Contudo a experiência histórica indica que para as turbulências fascistas, o melhor é a reflexão cautelosa sobre a História Recente, e as análises ponderadas, de baixa temperatura e pouco volume-de-som. Todas as experiências à la mussoline são improvisações rápidas, que se auto-derretem. O provável “novo-regime” estará no auge de sua ascensão, com o máximo de contradições com a sociedade real, em seis meses, a partir desta data.... Em 12 meses haverá crise política, governamental. (Já com 3 meses, o general Mourão vai confidenciar à nação que Eles não têm um programa econômico definido.) [Porém antes, ou logo após, o Natal, o gen. Mourão vai ter que substituir o Capitão-Tenente-Exaltado = mas isso já é outra Estória!]
Portanto, as reuniões de pauta mínima devem preparar os cidadãos para o período a partir de Out/Nov-0019, quando provavelmente a sociedade brasileira estará retornando às condições mais ou menos desfrutadas em 0012.
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Em 1680 uma expedição comandada pelo militar português Manuel Lobo, governador do Rio de Janeiro, fundou o entreposto/fortificação mercantilista de Colônia do Santíssimo Sacramento, do lado do estuário do Rio da Prata próximo à saída das águas do Rio Uruguay. Do outro lado, a 50 km, estava a colônia espanhola de Buenos Aires. Já nos primeiros 6 meses de fundação de Sacramento, os espanhóis tentaram expulsar militarmente os portugueses do que seria território da coroa espanhola. Em 1681 foi assinado um tratado provisório que permitia aos portugueses operar comercialmente sua fortaleza naval, mas não expandir território.
Não faz sentido que o PT, PSOL, PCdB, PDT sejam divididos, quando a proposição política e econômica é quase a mesma, no sentido do que fatalmente precisa ser realizado na prática: o controle da ação do capital dos bancos e empresas internacionais sobre nossa economia, sobre nossas empresas regionais; defesa de um assistencialismo mínimo e promoção social para os pobres em geral; realocação da população em excesso das metrópoles para territórios nos rincões, com a implantação de agrovilas, pequenas indústrias.
A apresentação das teses majoritárias na sociedade deve ser feita pelas agremiações mistas, supra-partidárias. Ainda incluindo PCB, PCO, PSB, J. Vicente & possíveis outros [não p/Marina; não p/PSTU]... Esta é a mais importante atividade política, cívica, “de esquerda”, que está sendo desperdiçada a cada novo período de estabilidade... E a cada novo período de turbulência.
I) Antes das Eleições, e para que aqueles que serão eleitos para os cargos públicos possam ter eficácia, é necessário que os políticos pertençam a entidades cívicas primárias, que esclareçam diretamente nas comunidades qual o significado das doutrinas, dos programas políticos e governamentais; qual o significado do poder do Estado, do poder das companhias multinacionais e bancos; qual o poder dos meios de comunicação; qual o significado de “Brasil”, “desenvolvimento econômico”, “justiça social”, qual o significado da classe política, etc, etc.
E assim os termos assumidos do “esquerdismo”, as diversas concepções de ativismo, precisam ser esquecidos, para que possam ser reassumidos.
Nesse caso, para as campanhas parlamentares, os partidos tais como estão definidos, PT, PSOL, PCdB, PDT, etc, manteriam suas definições e regionalidades naturais, segundo o âmbito de uma federalização. Sem dúvida efeitos de rivalidades e “tribalismo” seriam previsíveis, mas facilmente superados por compromissos éticos. [*]
Assim, é no quadro das eleições para os Executivos que a proposta da frente, federalização das siglas atuais, se mostra mais necessária. Para se evitar o tipo de “perigo” demagógico e aventureiro, de que já temos tanta notícia!!... As frentes devem ter somente Um candidato: responsável, respaldado, com programa. Para cada Prefeito em cada Município, para cada Governador em cada Estado, somente um candidato deve ser escolhido... Seja em Brasília, ou no menor município, somente candidatos de frentes partidárias coerentes têm chance de apresentar projetos e formar secretariados, ministérios, com suporte político a longo prazo. As personalidades eleitas nominalmente têm que começar tudo a partir da posse. [**]
[*] Exemplo de “Frente” foi a reunião PSD/PTB em 1955 que elegeu Kubitschek; e também o PMDB da Redemocratização anos-80 foi uma frente de partidos reais e regionais. Ainda, o PT que elegeu o Inácio em 2002 era um frentão.
[**] Tipicamente, num Município desarticulado, uma vedete ganha uma eleição na sorte-grande. A partir do mandato de Prefeito, seu partido se constitui; todos querem ser presidente do partido, ou candidato a Vereador, para seguir carreira junto ao novo líder prefeito-vedete. O Partido vive em função das vitórias eleitorais, e dos cargos que são oferecidos. Exatamente essa têm sido a inversão dos valores, e assim para todos os partidos.
todoababor.es//fundación_de_la_colonia
1) A política financeira-econômica dos grandes bancos internacionais, nos diversos países, determina infinitamente mais as “condições de mercado e trabalho” do que é suposto nos discursos técnicos e políticos sobre o mercado e o trabalho. É o controle, ou influência, por parte dos financistas, das condições de emissão da moeda, e dos papéis, bônus, etc, em série, que produz na economia social, real, de um país, a impressão de “estagnação”, sub-desenvolvimento, produtividade insuficiente, arrecadação insuficiente por parte do Estado. Da sociedade se exige sempre mais; mais produção para cobrir as bolhas inflacionadas sistemáticas implícitas nas emissões de moeda e papéis:
Nos EUA as emissões monetárias são acompanhadas de bônus do tesouro, que servem de início como lastro: papéis, que designam dívidas do Estado, que servem de lastro para emitir outros papéis, que servem de lastro para emitir outros papéis [ou digitações], indefinidamente...!!! Ninguém se escandaliza em que a economia norte-americana trabalha com um déficit estatal de trilhões, ao passo que, se Brasil ou Argentina apresentarem déficits republicanos... Serão imediatamente açoitados, como se os Estados devessem ser empresas com superávit primário (para também emitir seus papéis)...
governo-washington/natureza-parasitária-sistema-monetário
O linguajar incessante sobre “taxas de crescimento”, “desenvolvimento econômico”, apenas serve para justificar a extração da mais valia que o setor improdutivo da sociedade... obtém sobre os setores produtivos. O termo “o Mercado” jamais poderia significar o “mercado” financeiro, o qual é antagônico aos interesses do comércio das empresas pequenas, médias, regionais, etc.
Os bancos internacionais são os acionistas das super-multinacionais, com seus gerentes anônimos.
É claro que a solução, sempre ofuscada, é a emissão do Real, lastreado na produção brasileira...!! Entretanto, o discurso imperialista quer fazer crer que só a Riqueza financeira [papéis, moedas infladas] pode trazer mais “riqueza”, “investimentos”, não o trabalho.
A Petrobras, p.ex., não teria necessidade de emitir “ações na bolsa de nova iorque” para “obter mais recursos”. Este foi um expediente para interferir na Petrobras... A Petrobras poderia, inclusive, descontar parte de sua lucratividade, vendendo a gasolina barateada para o cidadão, e mantendo ligeiro superávit. Recebendo os investimentos do Estado, quando necessário; ou dando presentes de sua lucratividade ao orçamento federal.
2) O Estado Nacional poderá investir quantas vezes quiser em nossa própria produção, com moeda nacional. Todo o discurso sobre “dar mais empregos” quer significar apenas “dar mais verbas para empresários”, de modo que somente empresários possam “dar emprego”...!
Assim como o Estado realiza seu assistencialismo financeiro para as empresas nacionais, regionais, assim o Estado pode e deve estabelecer um assistencialismo direto à população, dando oportunidade para a criação de micro-empresas, pequenos comércios e oficinas. A simples oferta monetária às famílias cria aquecimento do mercado local, municipal.
Acima de tudo, empresas estatais precisam ser criadas e “dar emprego”, isto está sendo censurado no discurso politico.
3) Há muito já se deveria ter estabelecido no Brasil os projetos para a interiorização das populações (carentes ou não) dos aglomerados urbanos: este é um problema número-1 para qualquer discussão de criminalidade, sanitarismo, saúde social.
Por certo, o Estado Nacional teria condições de implantar (dez anos de prazo) vilarejos em todos os rincões, com agricultura [subsistência ou comercial]; e pequenas indústrias, artesanatos [de consumo local, ou para comércio]. Assim como fez tantas obras faraônicas, o executivo nacional, com todas suas empresas devidamente associadas, precisa criar essas povoações, com praças e jardins, coretos, escolinhas, etc. [É preciso um super-Ministério]
O que está faltando aos povos proletarizados brasileiros é a Recompensa Econômica: Doação de terras, moradia, e organização da produção. No Rio de Janeiro as chamadas “comunidades” não são mais as favelas de pobres, são concentrações justamente em função das facilidades de consumo, aquisição de bens domésticos, diversão. E as madames gastronômicas abastecidas dos apartamentos de classe média atapetados com empregados e ar-condicionado também fazem parte do “inchaço” urbano... a forma do capitalismo concentrador criou os aglomerados esquizofrênicos. Só o Estado Nacional, com muito boa vontade e aparelhamento pode resolver isso.