quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Agenda Uruguaya


As Reuniões de Pauta Mínima
Para se passar a limpo o atual quadro político nacional, para se atravessar francamente o verão fascista tropical que se anuncia, com roxas intempéries, o mais recomendado seriam reuniões de pauta mínima [também: reuniões uruguayas] = Para esta estação, seriam encontros residenciais de cerca de dez pessoas que, antes de mais nada, están muy aburridas... e precisam desabafar todo este calorão.
Contudo a experiência histórica indica que para as turbulências fascistas, o melhor é a reflexão cautelosa sobre a História Recente, e as análises ponderadas, de baixa temperatura e pouco volume-de-som. Todas as experiências à la mussoline são improvisações rápidas, que se auto-derretem. O provável “novo-regime” estará no auge de sua ascensão, com o máximo de contradições com a sociedade real, em seis meses, a partir desta data.... Em 12 meses haverá crise política, governamental. (Já com 3 meses, o general Mourão vai confidenciar à nação que Eles não têm um programa econômico definido.) [Porém antes, ou logo após, o Natal, o gen. Mourão vai ter que substituir o Capitão-Tenente-Exaltado = mas isso já é outra Estória!]
Portanto, as reuniões de pauta mínima devem preparar os cidadãos para o período a partir de Out/Nov-0019, quando provavelmente a sociedade brasileira estará retornando às condições mais ou menos desfrutadas em 0012.

governo-washington.blogspot.com





Museu Português em Santíssimo Sacramento.









Em 1680 uma expedição comandada pelo militar português Manuel Lobo, governador do Rio de Janeiro, fundou o entreposto/fortificação mercantilista de Colônia do Santíssimo Sacramento, do lado do estuário do Rio da Prata próximo à saída das águas do Rio Uruguay. Do outro lado, a 50 km, estava a colônia espanhola de Buenos Aires. Já nos primeiros 6 meses de fundação de Sacramento, os espanhóis tentaram expulsar militarmente os portugueses do que seria território da coroa espanhola. Em 1681 foi assinado um tratado provisório que permitia aos portugueses operar comercialmente sua fortaleza naval, mas não expandir território.


A Definição da Pauta Mínima:
A Pauta Mínima para o presente momento nacional é a redefinição dos partidos político-eleitorais, de suas funções e objetivos. A primeira instância da atividade cívica dos partidos não deveria ser dirigida às eleições e aos cargos públicos. Muito antes dessa instância ser realizada, os partidos deveriam ter diálogos frequentes e diretos com a sociedade, através de ass.s moradores, sindicatos, jornais, ass.s pais/alunos... e principalmente nas sedes dos partidos. Nesse caso, antes de serem siglas [cartórios] eleitorais, os partidos deveriam se organizar em Frentes: são as Frentes que buscam o cidadão onde ele está desorientado; que propõem as cartas e programas... [não “ideologias” = um termo muito sujo!!].
Não faz sentido que o PT, PSOL, PCdB, PDT sejam divididos, quando a proposição política e econômica é quase a mesma, no sentido do que fatalmente precisa ser realizado na prática: o controle da ação do capital dos bancos e empresas internacionais sobre nossa economia, sobre nossas empresas regionais; defesa de um assistencialismo mínimo e promoção social para os pobres em geral; realocação da população em excesso das metrópoles para territórios nos rincões, com a implantação de agrovilas, pequenas indústrias.
A apresentação das teses majoritárias na sociedade deve ser feita pelas agremiações mistas, supra-partidárias. Ainda incluindo PCB, PCO, PSB, J. Vicente & possíveis outros [não p/Marina; não p/PSTU]... Esta é a mais importante atividade política, cívica, “de esquerda”, que está sendo desperdiçada a cada novo período de estabilidade... E a cada novo período de turbulência.

A Pauta Mínima assim se define como necessidade objetiva, não como "escolha afetiva":

I) Antes das Eleições, e para que aqueles que serão eleitos para os cargos públicos possam ter eficácia, é necessário que os políticos pertençam a entidades cívicas primárias, que esclareçam diretamente nas comunidades qual o significado das doutrinas, dos programas políticos e governamentais; qual o significado do poder do Estado, do poder das companhias multinacionais e bancos; qual o poder dos meios de comunicação; qual o significado de “Brasil”, “desenvolvimento econômico”, “justiça social”, qual o significado da classe política, etc, etc.
E assim os termos assumidos do “esquerdismo”, as diversas concepções de ativismo, precisam ser esquecidos, para que possam ser reassumidos.
II) É a partir desse patamar que as campanhas para vereadores e deputados est.& federais, senadores, devem ser lançadas, de modo que os parlamentares se tornem de fato a “voz do povo”, mas também aqueles que levam para as camadas sociais as proposições governamentais, o papel das elites, da classe política, dos meios de comunicação, generais, juízes.
Nesse caso, para as campanhas parlamentares, os partidos tais como estão definidos, PT, PSOL, PCdB, PDT, etc, manteriam suas definições e regionalidades naturais, segundo o âmbito de uma federalização. Sem dúvida efeitos de rivalidades e “tribalismo” seriam previsíveis, mas facilmente superados por compromissos éticos. [*]
III) O Povo pensa no “governo” como um Rei: seria uma instância que poderia/deveria resolver tudo. A classe média vive de ciúmes e desconfianças sobre os poderes do Rei Imaginário. A Burguesia sabe que não é nada disso, o Governo sofre muitas pressões. Os Lobbies imperialistas fazem todo tipo de jogo de pressão sobre as elites nos países médios, Brasil, Argentina, México.
Assim, é no quadro das eleições para os Executivos que a proposta da frente, federalização das siglas atuais, se mostra mais necessária. Para se evitar o tipo de “perigo” demagógico e aventureiro, de que já temos tanta notícia!!... As frentes devem ter somente Um candidato: responsável, respaldado, com programa. Para cada Prefeito em cada Município, para cada Governador em cada Estado, somente um candidato deve ser escolhido... Seja em Brasília, ou no menor município, somente candidatos de frentes partidárias coerentes têm chance de apresentar projetos e formar secretariados, ministérios, com suporte político a longo prazo. As personalidades eleitas nominalmente têm que começar tudo a partir da posse. [**]

[*] Exemplo de “Frente” foi a reunião PSD/PTB em 1955 que elegeu Kubitschek; e também o PMDB da Redemocratização anos-80 foi uma frente de partidos reais e regionais. Ainda, o PT que elegeu o Inácio em 2002 era um frentão.

[**] Tipicamente, num Município desarticulado, uma vedete ganha uma eleição na sorte-grande. A partir do mandato de Prefeito, seu partido se constitui; todos querem ser presidente do partido, ou candidato a Vereador, para seguir carreira junto ao novo líder prefeito-vedete. O Partido vive em função das vitórias eleitorais, e dos cargos que são oferecidos. Exatamente essa têm sido a inversão dos valores, e assim para todos os partidos.



Ao longo de todo o séc. 18 os espanhóis cercaram várias vezes, invadiram e tomaram dos residentes a cidadela mercantilista, para depois, novamente, devolvê-la aos portugueses, em função de tratados e acordos das coroas de Castela e Lisboa. Os portugueses não poderiam fundar uma “colônia”, apenas comerciar. Em 1750 foi assinado o Tratado de Madri, em que a coroa espanhola cedia aos portugueses as terras das Missões Jesuíticas do Guaranís no Rio Gr. do Sul, em troca do Enclave de Santíssimo Sacramento. Mesmo depois deste Tratado, as duas potências navais sul-atlânticas continuaram disputando o promontório encantado até 1817...
todoababor.es//fundación_de_la_colonia






Os Projetos de Pauta Mínima
O Projetos nacionais de Pauta Mínima seriam uma coleção de uns 10 a 12 projetos básicos que deveriam estar sendo maciçamente enfatizados ao longo do tempo... por uma frente única capaz de fazer destes critérios uma cultura política popular, e uma orientação para as lideranças burguesas e nas classes-médias esclarecidas, estudantes, jornalistas, professores, juristas, oficiais militares nacionalistas.

1) A política financeira-econômica dos grandes bancos internacionais, nos diversos países, determina infinitamente mais as “condições de mercado e trabalho” do que é suposto nos discursos técnicos e políticos sobre o mercado e o trabalho. É o controle, ou influência, por parte dos financistas, das condições de emissão da moeda, e dos papéis, bônus, etc, em série, que produz na economia social, real, de um país, a impressão de “estagnação”, sub-desenvolvimento, produtividade insuficiente, arrecadação insuficiente por parte do Estado. Da sociedade se exige sempre mais; mais produção para cobrir as bolhas inflacionadas sistemáticas implícitas nas emissões de moeda e papéis:
Nos EUA as emissões monetárias são acompanhadas de bônus do tesouro, que servem de início como lastro: papéis, que designam dívidas do Estado, que servem de lastro para emitir outros papéis, que servem de lastro para emitir outros papéis [ou digitações], indefinidamente...!!! Ninguém se escandaliza em que a economia norte-americana trabalha com um déficit estatal de trilhões, ao passo que, se Brasil ou Argentina apresentarem déficits republicanos... Serão imediatamente açoitados, como se os Estados devessem ser empresas com superávit primário (para também emitir seus papéis)...
O linguajar incessante sobre “taxas de crescimento”, “desenvolvimento econômico”, apenas serve para justificar a extração da mais valia que o setor improdutivo da sociedade... obtém sobre os setores produtivos. O termo “o Mercado” jamais poderia significar o “mercado” financeiro, o qual é antagônico aos interesses do comércio das empresas pequenas, médias, regionais, etc.
Os bancos internacionais são os acionistas das super-multinacionais, com seus gerentes anônimos.
É claro que a solução, sempre ofuscada, é a emissão do Real, lastreado na produção brasileira...!! Entretanto, o discurso imperialista quer fazer crer que só a Riqueza financeira [papéis, moedas infladas] pode trazer mais “riqueza”, “investimentos”, não o trabalho.
A Petrobras, p.ex., não teria necessidade de emitir “ações na bolsa de nova iorque” para “obter mais recursos”. Este foi um expediente para interferir na Petrobras... A Petrobras poderia, inclusive, descontar parte de sua lucratividade, vendendo a gasolina barateada para o cidadão, e mantendo ligeiro superávit. Recebendo os investimentos do Estado, quando necessário; ou dando presentes de sua lucratividade ao orçamento federal.

2) O Estado Nacional poderá investir quantas vezes quiser em nossa própria produção, com moeda nacional. Todo o discurso sobre “dar mais empregos” quer significar apenas “dar mais verbas para empresários”, de modo que somente empresários possam “dar emprego”...!
Assim como o Estado realiza seu assistencialismo financeiro para as empresas nacionais, regionais, assim o Estado pode e deve estabelecer um assistencialismo direto à população, dando oportunidade para a criação de micro-empresas, pequenos comércios e oficinas. A simples oferta monetária às famílias cria aquecimento do mercado local, municipal.
Acima de tudo, empresas estatais precisam ser criadas e “dar emprego”, isto está sendo censurado no discurso politico.

3) Há muito já se deveria ter estabelecido no Brasil os projetos para a interiorização das populações (carentes ou não) dos aglomerados urbanos: este é um problema número-1 para qualquer discussão de criminalidade, sanitarismo, saúde social.
Por certo, o Estado Nacional teria condições de implantar (dez anos de prazo) vilarejos em todos os rincões, com agricultura [subsistência ou comercial]; e pequenas indústrias, artesanatos [de consumo local, ou para comércio]. Assim como fez tantas obras faraônicas, o executivo nacional, com todas suas empresas devidamente associadas, precisa criar essas povoações, com praças e jardins, coretos, escolinhas, etc. [É preciso um super-Ministério]

A Fortaleza dos portugueses ocupava um polígono de apenas 300 x 550 ms, cercado por muralhas...
























Sendo todo o contorno marítimo do promontório, indicado pela fita azul, de difícil abordagem para atacantes. A ponta do promontório aponta o Oeste, e na direção das terras continentais para Leste ficava a muralha maior, com o portão principal; este portão, com uma porção da muralha, existe até hoje; é indicado no desenho pela direção que aponta o bico do ganso embaixo, com o acesso direto à praça maior, a mesma atual. Toda a muralha para Leste à direita no desenho foi desmontada para que a cidade se estendesse. De frente para o mar oeste, parte da muralha também preservada. O porto, que existe até hoje, ficava na enseada Norte, onde está uma caravela com velame arriado
















4) A questão da criminalidade só poderá ser resolvida com promoção social e transferência das populações nas megalópoles, mocambos e “comunidades”. O exercício troglodita da repressão e perseguiçãos aos pobres, somente alimenta a vingança dos filhos dos pobres nas gerações seguintes, eles se tornam bandidos como “heróis” independentes da sua gente... Todas as pessoas educadas sabem e sempre souberam disso no “Brasil”... O fascismo resulta de uma propaganda histérica para apagar este consenso, e agora é missão restaurar em toda parte a cultura nacional de miscigenação e “cordialidade” dos anos 50, quando as classes médias urbanas desistiram em menosprezar os descendentes indígenas e africanos, recebendo-os em casa alegremente como empregados. A cultura musical brasileira resulta em grande parte do “perdão” dos povos subjugados ao colonizador europeu...
O que está faltando aos povos proletarizados brasileiros é a Recompensa Econômica: Doação de terras, moradia, e organização da produção. No Rio de Janeiro as chamadas “comunidades” não são mais as favelas de pobres, são concentrações justamente em função das facilidades de consumo, aquisição de bens domésticos, diversão. E as madames gastronômicas abastecidas dos apartamentos de classe média atapetados com empregados e ar-condicionado também fazem parte do “inchaço” urbano... a forma do capitalismo concentrador criou os aglomerados esquizofrênicos. Só o Estado Nacional, com muito boa vontade e aparelhamento pode resolver isso.


Agenda Uruguaya



a praça mayor é cheia de charmes, cafés, museus, artesãos, professores universitários dando aulas-de-campo... é uma amostra de campo, uma região de pesquisas. você pode abrir uma praça uruguaya em sua própria residência.

sexta-feira, 9 de março de 2018

Algumas Questões que os Acadêmicos, Jornalistas de Vanguarda, e lideranças Civis ou da Classe Política ==
Não Conseguem Resolver Há Mais de 50 Anos


O texto de 2018: A Discussão Polítítica está Amordaçada na Comunidade * ...
[* de São Pedro da Serra!] = = Foi transferido para a Página:
governo-washington.blogspot/2025/06/61-para-quem-deseja-encontrar

















Barra da Tijuca = Fotógrafo Ed Keffel = Revista O Cruzeiro, 24 de Maio, 1952 =
Ao contrário do que foi anunciado, a Força Aérea Brasileira produziu um relatório confirmando a veracidade da foto e das (cerca de 40) testemunhas, que foi tornado público somente em 1959


1) Qual o significado de extraterrestres atualmente?

Basicamente, o paradigma biológico: seres com inteligência devida à ação mecânica do organismo sobre o cérebro, e o organismo um desenvolvimento adaptativo das primeiras formações de aminoácidos auto-reprodutores... Esses seres, entretanto, dificilmente fariam contato com a Terra, devido a um outro paradigma, o da Física, que dá um limite para a velocidade da luz e um tamanho para o espaço.

A noção de paradigma pode ser entendida livremente de duas formas: 1) pressupostos sobre a realidade que estão nos fundamentos de cada ciência; ou 2) as interpretações estabelecidas por aquelas ciências de que dispomos num dado momento. Quando o astrônomo Carl Sagan faz a "procura de inteligências extraterrestres", ele só pode fazê-lo dentro dos paradigmas corretos – senão não seria aceito, não existiriam as verbas, etc. É por isso que o Filósofo da Ciência Thomas Khun (início dos anos 60) sentiu a necessidade de defininir o que seria a ciência normal, a Ciência ormalizada, isto é, um modelo aceito e vigente num certo momento, mas esse modelo pode mudar! – e isso tem uma série de implicações sociais, na política de produção, na vida interna acadêmica, e no procedimento das investigações.

Mas ao mudarmos um paradigma, isso não significa abandonar o processo científico, significa apenas fazermos uma outra ciência, em termos de outros fundamentos – é isso que ficou mal resolvido na imagem atual dos Extraterrestres...


2) Como assim?

As pessoas acham que, ou a interpretação científica é feita somente dentro do paradigma atual, ou então recaímos nalgum modelo anti-científico, esotérico, místico, amadorístico do tipo ufológico, etc.











Pravda.ru, setembro 2006


3) A Ufologia é uma Ciência?

Ciência significa a tradição ocidental de conhecimento, uma experiência de conhecimento compartilhada, inserida nos contextos culturais e sociais. Num primeiro momento a ufologia é o direito civil ao conhecimento, ela é legítima como direito civil que exige esclarecimentos sobre segredos envolvendo alta-tecnologia e contatos extraterrenos guardados nas instituições militares e de inteligência desde os anos 50, principalmente nos Estados Unidos, mas também no Brasil, França, Rússia, etc.

Num segundo momento ela poderia ser uma "pré-ciência", uma preparação, uma coleta inicial de informações, até mesmo uma “fenomenologia”, no sentido rudimentar em que os investigadores civis e alguns cientistas independentes inocentemente supõem ser seu ofício... Nesse nível entretanto, ela falha como processo científico, devido à falta de enquadramento nas ciências humanas, à ingenuidade na análise histórica, política, institucional, etc. Há uma certa pretensão em se definir conhecimento num sentido menor de “verdade do objeto”, sem nenhuma chance de correlação dos objetos num sistema articulado de interpretação, o que é em si a Ciência. E há esse ridículo sincretismo entre o nome de um não-objeto, o estranho e famoso ufo (na verdade um termo de radar da Força Aérea), e a noção popularizada de fenômeno.

Basicamente, há uma oscilação insolúvel na pesquisa ingênua entre manter o paradigma científico vigente, ou adotar um novo paradigma que eles não têm condição de definir, que deveria ser um paradigma espiritualista, ou vitalista, para a vida orgânica, para o humano, e para o universo.

Num terceiro momento, a fenomenologia-ufo, nome pomposo e caricatural da ufologia, se torna anti-científica. Na ausência de uma crítica social, institucional e política, os comitês civis internacionais se deixam infiltrar facilmente pelos orgãos de inteligência, que começam a plantar a contra-informação, ou a informação/desinformação sob medidas. Relatos de autópsias e acidentes são passados de modo duvidoso com destaque na mídia, junto a outras estórias bizarras e de horror, documentos são descobertos por "especialistas", que depois se revelam falsos. Eles visam substituir e confundir versões e revelações dos fatos que estão se tornando positivas, criando um clima de mistério e especulação dirigida, que acaba condicionando os pesquisadores civis.












Pravda.ru, setembro 2006


4) Quem poderá então resolver esse problema?

O astrônomo Carl Sagan, a quem não era permitida a ingenuidade, dá um depoimento em seu romance quasi-autobiográfico no sentido de confirmar uma versão surgida nos anos 70 acerca de seu programa Busca da Inteligência Extraterrestre (1971, interrrompido, etc), e que eu apresento no Gulliver [cap. xx]: Os jovens cientistas captaram sinais inteligentes em seus rádio-telescópios, mas foram censurados seguidamente por seus superiores, pelo Pentágono, pela NASA, etc. É como Copérnico, Galileo e Bruno sendo censurados pela Inquisição. Desde sua fundação, a Ciência Ocidental sabe o quanto o processo de conhecimento é condicionado de fora da teoria e da pesquisa por fatores sociais, pela política da sociedade e das instituições. Sagan repete o gesto de Copérnico ao deixar para o final de sua vida revelações (ou concepções) que poderiam comprometer sua carreira ou mesmo sua vida.


5) Se um grande cientista não pode resolver esse problema, quem então o poderá?
As instâncias que se apresentam são:

a) Os comitês civis, que representam a cidadania, que podem argüir inconstitucionalidade por parte do governo, p.ex.;

b) A mídia, que é ao mesmo tempo independente e submissa sob medidas;

c) Os cientistas acadêmicos, que não podem perder cargos e salários;

d) Os cientistas e militares que participaram dos projetos secretos em sofisticadas instalações de pesquisa estatais (EUA e ex-URSS) e que, descontentes e já na reserva, resolvem revelar o que sabem ao público;

e) Os políticos de carreira de Estado, que não ousam romper o status quo; e

f) Aquelas instâncias que devemos chamar de Para-estatais, que fazem uma política de bastidores mais forte e envolvente que a dos Estados constituídos desde pelo menos o final do séc. dezenove: as dinastias/casas financeiras/famílias "maçônicas" Rothschild, Morgan, Rockefeller, a Távola Redonda dos magnatas do imperialismo inglês, etc - e que se tornaram, por diversas razões, monopolizadoras das informações sobre alta-tecnologia e contatos extraterrenos desde principalmente o final da Segunda Guerra. Isso inclui os grupos de grande poder empresarial e financeiro, que coletaram a tecnologia secreta alemã dos anos 40, a tecnologia derivada dos inventos de Nikola Tesla e a tecnologia obtida secretamente com extraterrenos através do estado militar norte-americano nos anos 50.
A lista das empresas mais citadas inclui a Rand Corporation, a Béktel, a ITT, a Westinghouse, a General Eletric, o Chase Manhattan Bank, a Exxon, o Council on Foreign Relations, organismo privado que coordena estas empresas, etc.
As organizações para-estatais conseguiram se infiltrar nos organismos estatais militares e de inteligência, controlando as informações nesse sentido.
São essas últimas instâncias para-estatais a chave do problema, e não a NASA ou a Casa Branca, o Dep.de Estado, ou a ONU, como se pensa... É possível que alguém nos meios da política institucional, ou alguém que tenha pertencido aos programas secretos militares e de inteligência, consiga furar de maneira eficaz o violento bloqueio imposto a estas informações desde meados dos anos 50.


Incêndios florestais nas Montanhas da California - Pravda.ru, setembro 2006


6) Ou então os extras resolvem se apresentar em massa?

Ou então algum grupo extraterreno civilizado decide se apresentar ao público... Mas é preciso uma razão muito forte para isso, e condições muito especiais.


7) Por que?

Existem várias categorias de visitantes extraterrenos, e muito mais visitações do que poderia supor o paradigma atual em Ciência. Na categoria dos indesejáveis, existem aqueles que pretendem a dominação, a colonização da Terra, ou ainda a extração de material orgânico e genético dos terrenos. No último caso estão, por exemplo, os cinzas, retratados na ufologia, que não se apresentam abertamente devido à própria qualidade de seus interesses.

Na categoria dos neutros, existem os observadores, os que trazem assistência espiritual, os curiosos, e os que se acidentam por descuido, todos com aparições fortuitas.

E na categoria dos amigáveis, estão aqueles que nos observam com cuidado e fazem intervenções imperceptíveis ao longo dos séculos, mas que obedecem a uma ética de interferência limitada, de não deturpação de nosso processo natural de evolução. São estes a Federação Galáctica - que representam a forma humana, a civilização tal como a concebemos num longo prazo. Os Federados são nossos semelhantes da forma humana, o que é claro, mais uma vez, não está de acordo com o paradigma darwinista em ciência, mas o que já pode ser cientificamente comprovado em termos de um outro paradigma. Esses atuam de maneira semelhante a nós, ao enviarmos nossos sertanistas e antropólogos para estudar as tribos selvagens, com a preocupação de não desconstruir seus pequenos mundos.

Eles fizeram alguns programas individuais específicos em nosso mundo, tal como os relatos que apresento no Gulliver. Através das pessoas que os contataram e que se tornaram seus intermediários para nossa cultura, eles afirmaram que poderiam se apresentar globalmente aqui, mas apenas se necessário e se fossem bem-vindos, reconhecidos, aguardados, etc, porque caso contrário, estariam interferindo drasticamente em nosso processo, modificando nossa cultura do dia para noite, criando também responsabilidades do ponto de vista deles.


Oregon, 1927 (ou 1926). Foto tirada num lugar chamado Cave Junction, por um voluntário contra incêndio florestal


Pode-se reconhecer nessas informações a influência de seres mais complexos que os humanos sobre a evolução e a ética da Federação Galáctica. Esses seres podem corresponder às imagens que temos de deuses no sentido do politeísmo pagão, védico, ou mesmo a um certo sentido da divindade nos termos do cristianismo ou do budismo.