Com novo sub-título de Estudos sobre a Forma Imperial do Capitalismo Financeiro no séc. XX, este livreto está revisado e ampliado para segunda edição. Veja ao final da página:
virtualpolitik.bravehost.com/politik_2.html
Porém a Religião também poderia aparecer como estrutura primária... Em outros exemplos, civilizações, ou culturas, poderiam ser organizados pelo hedonismo, pela arte, por pajés, assim por diante...
Maforte e Montanha da Boa Esperança ao fundo
1) O Poder Militar: Finitudes implicadas na guerra, na exclusão, na inclusão, e no comando; a origem das nações; relações entre clãs e tribos. Nação, nacionalismo; imperialidade, imperialismo. A primeira estrutura como o inconsciente político: fazer morrer e fazer nascer; genética guerreira e genética amorosa.
2) A Formação do Estado: o Estado de uma Nação como estrutura social ao longo do tempo.
3) A Finitude Econômica: A política como função das formas sociais de produção; significado da interpretação marxista até nossos dias.
A tese histórico-antropológica no livreto mencionado é apenas uma sequência de anotações acadêmicas, e não tese universitária, uma vez que sua função é a de um manual para ação politica, para partidos e jornalistas. A maior parte do texto é dedicada ao Cenário Empírico, onde se descreve a formação da classe financeira dentro do capitalismo do séc. XIX, assumindo uma característica de classe feudal-despótica, e que ascende a partir da forma burguesa em função de sofisticados meios financeiros, técnicos, de inteligência, militares, etc.
Veja aqui o trecho sobre a formação da casta dos Banqueiros:
governo-washington.blogspot.com/02-money_control
E aqui o adendo de Eustace Mullins para a nova edição, com o comentário sobre A. Hitler:
http://www.virtualpolitik.bravehost.com/o_chanceler
nesta foto, o pico maior está no círculo amarelo, e o pico menor é o cone que aponta p/o canto superior esq. da foto... entre os dois há uma planície, por onde passa uma estradinha que vem do alto do Macabu, e desce p/o Sana... ao fundo esq. se vê a descida do Macabu p/ Boa Esperança... o despenhadeiro p/o Sana que domina a foto tem mais de 1.200 m. de altura!
A Nação e o Estado
Veja Apostila O Histórico Antropológico
virtualpolitik.bravehost.com/index
governo-washington.blogspot/2024/08/principio-da-regencia
1) Quando uma Nação surge, se estabiliza, supera a violência das guerras inter-tribais, os representantes do poder nacional dão nascimento ao Estado da nação...
De início estas duas estruturas antropológicas compõem uma mesma realidade. Entretanto, com o tempo o Estado da nação se desdobra em sua vida interna: por maior que sejam os conflitos internos, os conflitos de classes, etc, o Estado surge como necessidade de estabilidade. Sendo despóticos os governantes, ou benévolos, a necessidade de mediação e estabilidade é uma demanda social, coletiva. Há um limite para os governantes despóticos uma vez que sua violência pode resultar em sua destituição... Em caso de guerra civil, não apenas o Estado é reconstruído, mas a própria nação morre para nascer de novo.
Ou seja, a Nação como o resultado da vitória alcançada num concurso de guerras, e o Estado, não são apenas o resultado dos desejos, das ambições ou anseios dos povos: são estruturas sociais que levam os indivíduos, reis, generais, políticos, soldados, à ação, sem que eles tenham plena consciência do que fazem. A demanda surge no conjunto social, antes que os indivíduos decidam o que fazer a respeito.
2) Na formação da humanidade que nós conhecemos [limite empírico] sempre há uma sequência em que as nações surgem como resultado dos acordos, vitórias e derrotas na guerra. Em seguida, os chefes militares assumem casas reais e passam a ser estadistas. É a origem da noção de aristocracia (nobreza). Caso sejam capazes de formar um Estado mediador dos conflitos internos, obtendo reconhecimento ou admiração nas camadas sociais, o Estado passa a ser o reiterador, o garantidor da Nação. Se os primeiros reis forem arrogantes e desiguais, eles serão derrubados: novos governantes serão instaurados, no mesmo Estado; ou, o Estado é destruído, e com ele a própria unidade da Nação.
3) Contudo, para a análise das Nações e seus Estados que se originaram a partir das colônias européias, essa sucessão adquire aspecto diferente. Em cada caso, são os Estados formados nas colônias (vice-Reinados) que recebem o encargo de criar a nação a partir dos Estados.
Rio Macaé
próximo à
nascente
É a verdadeira mesclagem dos tipos raciais, ou étnicos, ou dos costumes, que não se realizou até nossos dias. Na História européia, a mistura das tribos e das etnias se dá antes da formação das pequenas e grandes nações. Seja pela guerra ou convívio, o surgimento dos sentimentos de identidade nacional se dá quando o processo dos casamentos inter-genéticos já está bem avançado; ou seja, certos tipos que aparecem como “raças” são resultado híbrido mais ou menos padronizado e feliz de “raças” diferentes em contato por gerações.
Na colônia Portugal-2 a mescla mais feliz entre os três tipos de descendentes se deu somente em parte: algumas vezes à revelia do Estado; em alguns momentos, como resultado de providências estatais.
Por ex., como consequência da “Lei Áurea”, que ficou incompleta... A Princesa de então foi destronada antes que aprofundasse suas “reformas”... Também como consequência da “carteira de trabalho” getulista, que criava integração e mobilidade social, assim como o “abrir estradas” da era JK, quando as populações periféricas se aproximaram dos descendentes europeus no litoral.
Com o “bolsa-família” do PT faltou curiosamente uma Princesa em Brasília, para avançar o processo de integração, oferecendo às camadas populares, além da merenda, certas orientações cívicas e culturais, que devem preceder os atos e decisões políticas e eleitorais... e negociando com a classe-média, oferecendo mediação para que eles não se sintam “orfãos políticos” (Recaindo no fascismo, e aprofundando, ao invés de diminuir, o fosso entre as classes).
Entretanto, a cada nova fundação do estado nacional, Portugal-2 não se constitui devidamente como Brasil. A vinda de João VI em 1808, e a apressadíssima fundação de Pedro I, em quase nada contribuíram para a formação autêntica de um sentimento de nacionalidade (mais ainda, de fidelidade, etc; foram muitas as revoltas regionalistas).
[Pedro I poderia ser “Rei”, jamais “Imperador”, ficando a morar no Brasil, sem abdicar... é um milagre a continuação da Monarquia, quando uma República capitaneada por José Bonifácio seria mais natural].
O Reinado de Pedro II é somente o primeiro sinal de um Estado Nacional em projeto. Se as iniciativas providenciárias prometidas pela Princesa Izabel (junto a outras medidas de interiorização da cultura, etc) tivessem ocorrido, talvez a nação Portugal-2 tivesse alcançado a “transmutação” Brasil... Entretanto, o retumbante fracasso político do autoritário e deslumbrado Marechal Floriano; a República Velha (não constituída pelos Liberais brasileiros, que só foram convocados nos anos 20); a política ultra-classista dos latifundiários de Portugal-2 (e eles souberam bem modernizar sua capital em 1922, com bela imagem internacional...) deram ao estado nacional brasileiro essa aparência de monstrengo burocrático, incompetente, lerdo...
Ainda assim, é necessário ressaltar que são inúteis as anedotas usuais sobre os desacertos e truculência na colonização portuguesa... em nada diferentes de seus pares franceses, espanhóis, ingleses... P. ex., quando na antiga ilha de Hispaniola a população de escravos era de 10 africanos para cada francês, quando então os franceses foram derrubados e fundado o Haiti como nação... Quando se compara com o desencontrado destino da França bonapartista... E o saque homérico de Salvador, feito pelos holandeses de Maurício de Nassau... Quando se observa em todas as casas européias o irresponsável hábito do casamento combinado de princesas de 10 anos com príncipes de países distantes (dando nascimento a personalidades traumáticas)... quando vários governantes monárquicos “enlouqueceram”, ou perderam o controle, durante suas vigências, etc.
Depois da interrupção desastrada do processo de construção nacional ocasionado pela proclamação republicana em 1889 (quando o Marechal Deodoro era, ele mesmo, contrário a essa idéia), é a Revolução de 1930 o reinício da construção de um Estado que pudesse de fato integrar a sociedade nacional brasileira. Infelizmente para todos os países, em formação, ou antigos, o período da segunda guerra e guerra fria, e os extremismos no campo político internacionalizado, não permitiram a estabilização dos diversos estados nacionais, sob qualquer uma das bandeiras, seja liberal ou democrática, seja conservadora ou republicana, reformista, social-democrática, socialista, etc.
É nos anos 50 que novamente a República Brasileira encontra sua vocação natural, providenciária, sob uma noção sadia de “desenvolvimento” econômico, e com liderança internacional. Novamente, são as contradições persistentes da guerra-fria que interrompem tragicamente esse processo... Nesse caso, é exatamente a política internacional do capitalismo financeiro que se impõe sobre nações e estados, para agravar as contradições e guerras...
As questões de unidade e soberania na formação da nação brasileira não podem ser separadas deste histórico que indica a necessidade de um Estado de caráter providencialista, sem o qual nossa sociedade não concluirá o processo de integração, identidade, auto-confiança, capacidade produtiva, reconhecimento diplomático internacional, etc.
As expectativas de desenvolvimento, democracia, republicanismo, justiça social, assistencialismo não serão realizadas sem o assentamento de uma República capaz de planejamento econômico e controle da emissão monetária -- isto é, muito mais que meramente justiceira, assistencialista, ou promotora do “progresso econômico”, no sentido habitual, estreito, das “taxas de crescimento”... É a própria sociedade brasileira que não possui por si só os condicionantes para que estes valores sejam realizados.
igrejinha de
Macaé de
Cima